Hoje não pretendo teclar nem uma linha sobre a – injusta – partida de ontem contra o Grêmio.

Ocorre que acordei de madrugada e me assistindo reprise de lutas de vale tudo, me peguei a pensar sobre os rumos do Atlético Paranaense, que, pelo ritmo das coisas, parece um navio desgovernado, não pela falta ou deficiência de equipamentos e tripulantes, mas por carecer de comando.

Não sei bem o porquê mas nosso clube parece mesmo precisar de um ente messiânico para conduzir o rebanho.

A coisa toda acaba sendo uma enorme alegoria de mero efeito promocional visando a produção de mais arrecadação e dividendos, quanto mais em tempos de torneiras abertas.

Com isto, tenho a impressão de que as cartas deste baralho já estão marcadas.

Explico.

Na magnitude que o Atlético dos Paranaenses atingiu, Marcos Malucelli e Mario Celso Petraglia só podem estar de conchavo visando o retorno triunfal do segundo, assumindo os destinos do clube sem qualquer resistência e oposição, com caneta cheia de tinta para praticamente tudo.

Nada impossível de assim sê-lo.

Percebam que no papel tudo está bem no clube: bonitinho, contas saneadas, time, técnico de primeira linha, elenco dentro do orçamento, um monte de etcéteras e tais…mas carecendo da volúpia e energia valores tão vivos e pujantes dos atleticanos. Quem sabe mais uma porrada na mesa.

Daí que não é difícil imaginar MM e MCP orquestrados, em telefones celulares pré pagos, sem grampo pra não deixar provas, articulados nos bastidores, ajustados para que experimentemos um novo choque de gestão parecido com aquele que tivemos em 1995.

A menção ao vale tudo (MMA) no segundo parágrafo lá em cima se presta a comparação com os atletas desta modalidade que, antes das lutas se odeiam, trocam farpas, críticas e impropérios reciprocos, se atiram com ferocidade nos combates e após os combates se abraçam como irmãos.

Algumas semelhanças podem não serem meras coincidências.