Adilson reconhece limitações, mas pede calma
O técnico Adilson Batista admitiu que o Atlético precisa melhorar muito no Campeonato Brasileiro, mas espera contar com o apoio do torcedor nesse momento difícil. A derrota para o Palmeiras foi a terceira em três rodadas. A preocupação da torcida aumenta a cada jogo, e com motivos. Basta dizer que o Rubro-Negro ainda não marcou um gol sequer na competição e divide a lanterna com Coritiba e Avaí, que ainda não jogaram nesta rodada.
Nessa situação delicada, Adilson quer evitar o desespero e uma reação exagerada. “Eu só peço para que o torcedor entenda, compreenda. Eu sei que é difícil, mas não adianta ficar dizendo que o cara errou e não presta. Esse é o meu ponto de vista. Nós temos só dez jogadores que começaram a pré-temporada aqui. Está chegando gente, os jogadores você vai conhecendo. Nós temos a consciência de que precisamos qualificar”, afirmou o treinador, dando a entender que o clube fará contratações.
Ainda durante a coletiva, ele criticou a política do clube de não investir recursos logo no começo do ano e deixar para contratar jogadores apenas durante o Brasileiro. “Campeonato estadual faz parte do passado, mas serve como lição. Estamos desde 2005 a gente sempre se iludindo com o estadual e montando time para o Brasileiro. Isso eu vejo que é um erro de pensamento. Precisamos ter um time o ano todo e jogar igual o ano todo. Agora chegou gente e qualificou. Vamos tentar reagir, está chegando gente e qualificando. Vamos com calma. Eu sei da preocupação do torcedor, mas precisamos passar tranquilidade. O meu ponto de vista é esse: está chegando gente, trocando time, montando time, tentando encaixar. Vamos sem desespero, sem loucura. Claro que nós temos consciência de que precisamos melhorar. Vamos tentar reagir para o próximo jogo. Nós não podemos jogar na insegurança. Mas tem que ter a dedicação, o empenho, o respeito pela camisa e pelo torcedor. Nós temos consciência de que vamos melhorar”, ponderou.
Jogo equilibrado
Especificamente sobre o jogo contra o Palmeiras, Adilson Batista viu pontos positivos na equipe em relação aos dois primeiros jogos. “Eu gostei do Nieto, das penetrações do Branquinho, o Madson entrou bem. No todo, fizemos um bom jogo. Agora, tem alguns detalhezinhos que acabaram sobrecarregando o coletivo”, comentou o treinador.
Na opinião dele, não houve superioridade do adversário. “Eu acho que foi um jogo igual. As duas equipes tiveram as mesmas situações de gol. Foi um jogo bem estudado, bem marcado, onde tivemos dificuldades no último passe, principalmente no primeiro tempo. Tentei corrigir com a entrada do Madson, e acho que a gente melhorou. Aí teve a expulsão e muda o jogo. Saiu um gol em lance de bola parada. Acho que a expulsão acabou contribuindo com o resultado”, disse.
O técnico foi novamente questionado sobre o sistema de jogo com três volantes e somente um meia e justificou sua preferência por esse modo de jogar: “Se eu trabalhasse com o Kleberson e um meia só, poderia dar liberdade para esse meia. Esse meia precisa ter força para chegar na frente. Se eu trabalho com dois (meias) e os dois têm de acompanhar lateral, você fica sem força. Mas se eu trabalho com três (volantes), estou dando liberdade para esse meia”.