Me desculpem quem gosta, quem admira; eu mesmo já gostei, admirei. Mas se tem coisa que repudio é o oportunismo. Isso mesmo, oportunismo. Não sei de outra palavra para designar a vontade de MCP de voltar a dirigir o Furacão. Este senhor, que em 2008, com o barco afundando, já nas finais do Campeonato Brasileiro, abandonou o barco e agora, às vésperas de uma Copa do Mundo, quando nosso estádio será uma das sedes, deseja retornar, como se fosse o Dono da Arena, e claro, não quer deixar de participar da festa. Num claro gesto de ‘garoto mimado’, reclama do doce que um dia foi seu. A que ponto chegamos, em que ao invés de nossos dirigentes se unirem, se afastam em brigas políticas, visando unicamente o ‘poder’, sem pensar em mais nada.

Está claro que MCP quer voltar para ter os ‘louros’ de ser o Presidente no ano da Copa. Se pensasse apenas em seu clube de coração, não se afastaria tantos anos, e agora usa seu prestígio, sua arrogância, para usar mais uma vez a torcida atleticana como massa de manobra. Convoca aqueles mesmos que sempre viam as portas fechadas, aqueles mesmos que foram tolhidos de ir à Arena por conta dos ingressos, aqueles mesmos que foram proibidos de levar faixas, bandeiras, batuques. Enfim, convoca aqueles mesmos que no seu tempo eram seus ‘falacianos’, uma bolha que logo estouraria. Pobre de nós, meros torcedores (ou, na analogia de MCP, ‘consumidores’) que temos que conviver com uma ‘nau’ sem comando, sem comandante e com o pirata ao lado.