No Rio Grande do Sul, técnico costumava reclamar do frio
Pode soar estranho um gaúcho reclamando do frio, mas Renato Gaúcho não é como qualquer gaúcho. Apesar de ter nascido no interior do estado e despontado para o futebol vestindo a camisa do Grêmio, Renato Gaúcho parece se sentir muito mais à vontade do Rio de Janeiro do que no estado natal.
Durante sua passagem como treinador do tricolor gaúcho, que terminou na última semana com seu pedido de demissão, não foram poucas as vezes em que Renato Gaúcho se queixou do clima frio de Porto Alegre. Em recente entrevista à Revista ESPN, chegou a brincar com a falta que sentia do Rio. “O Grêmio tinha que estar no Rio de Janeiro. O Vicente me disse para fazer contrato de cinco anos. Se o Grêmio estivesse no Rio, faria por 50”, afirmou.
Nos últimos dias, com a chegada do inverno, a chateação com o frio aumentou. O clima o impediu até mesmo de praticar o futevôlei, esporte favorito para as horas de folga. Ele pediu para a direção do Grêmio instalar uma quadra no Olímpico, mas não chegou a usá-la porque fazia muito frio. “A quadra está pronta, mas vamos chamar uma dupla de pinguins para jogar lá. No frio não dá. O problema é que até os pinguins fogem do frio, vi um grupo deles pegando um avião de volta à Antártida porque não aguentaram”, brincou.
Ao chegar a um acerto com o Atlético, Renato Gaúcho não terá muito tempo para desfrutar do clima ameno do Rio de Janeiro. Voltará ao Sul do país e enfrentará a temperatura baixa, a chuva e os ventos intensos nos treinamentos do CT do Caju. Mas ele parece já ter a receita, aprendida depois de quase um ano vivendo no Rio Grande do Sul: “Dentro do quarto é ar-quente ligado, direto. E saio na rua com três, quatro blusões, luva, agasalho, touca. Vou me virando, não estava acostumado mais a encarar esse inverno. Mas tomo bastante café preto, e faço sauna. Depois do treino vou sempre. E sou gaúcho, eu me acostumo”.