Só palavras?
Em meio aos caminhos tempestuosos que passa o nosso querido Furacão. O qual neste momento é uma grande fonte de noticias que exploram o lado ruim de sua caminhada. Sendo estes o fogo e a escuridão que segam os mais apaixonados, a ponto destes deixarem uma base de apoio ao time, tornando-se um vetor a mais nos contextos de pressões que se refletem negativamente no rendimento do time.
É de consciência que contra fatos não existem argumentos. Mas, o Atlético continua sendo a nossa paixão, nosso amor. E se sentimos isto por ele, então a lógica é carregá-lo, no grito, de forma coerente e com aquela mesma vibração que fez da torcida rubro-negra uma referencia de força sadia e que causava efeito nos adversários.
Sei que são só palavras, mas nos atleticanos não devemos piorar a situação com nossas ações apaixonadas, a ponto de agravar mais a pressão psicológica nos nossos guerreiros. Sei que muitos deles não se comportam como deveriam; sei que outros passam por problemas; é de conhecimento de muitos que alguns deles se quer se simpatizam com o Atlético no sentido de criar uma relação mais intima do que profissional. Porém, eles são o Atlético hoje. São eles que correm e os únicos que poderão mudar tudo isto.
Diante deste exposto, ao invés de aumentar a pressão negativa sobre o time, que tal tentarmos ensinar estes seres humanos a gostarem do Atlético em essência. Ou seja, criticar de forma inteligente e até mesmo elogiar aqueles que nós criticamos quando eles acertam. Será que eles conhecem a história do Atlético, sua mística, sua força, seus jogos históricos? Precisávamos criar um laço entre eles e a instituição e a nação Atlético.
Mas são só palavras. Bobagens de uma fé inocente. Mas, é uma fé, uma crença em apoiar sem prejudicar. Ser torcedor a favor não contra. Sei que muitos deles lerem o que escrevemos. Sei que muitos refletem sobre o nosso sentimento de raiva, angustia, vergonha e tristeza. Mas este é o Atlético. Não é a primeira vez que acontece isto e também não vai ser a ultima. Mas, a diferença é que contemporaneamente podemos jogar com o time mesmo antes dos jogos. Ou seja, da forma como fazemos neste espaço fala atleticano. Neste contexto, a nossa torcida não se restringe ao campo. Mas já se inicia aqui.
É estranho torcer assim ou perceber isto. Mas o momento é tão delicado e por efeito de paciência, que devemos medir nossas palavras, para não nos tornarmos torcedores rivais. O Fala, Atleticano é um complemento das arquibancadas da Arena. É difícil não criticar. Porém, deveríamos fazer um pacto tácito de evitar criticar e buscar explorar nas entrelinhas da derrota o que de bom eles fizeram e na vitoria enaltecer não ironizar. É utopia. Mas é a nossa maneira de apoiar sem pressionar. Pelo menos por três a quatro jogos. Parece muito, mas ainda a luz nas trevas. Porém, ficar em silencio também não. Pois, isto as vezes é pior que o barulho. No entanto, medir palavras, pensar nos efeitos do que esta escrevendo para a situação em campo do Atlético antes de escrever. Isto é uma grande atitude. É difícil, mas o atleticano em essência consegue.
Mas hoje era para eu ter tecido, sobre um 14 de julho de 2005. Data histórica em dia histórico, que um El Paranaense desacreditado inicialmente devido a uma terrível tempestade que se abateu, não muito diferente das de hoje, mas que pela fé de muitos chegou em 14 de julho de 2005 a disputar a final da Libertadores da América. Se voltarmos nos históricos das noticias, o time não era aquilo que a torcida esperava no começo da temporada. Era bombardeado por criticas de todos os setores da sociedade futebolística. Porém, não se abateu, desmentiram o que todo mundo condicionou-se a ver como realidade e se tornaram heróis. Talvez esta lembrança tenha vindo em hora boa. Já que pode servir de exemplo e de incentivo a nossos jogadores, e fazer a nossa torcida a voltar a torcer e jogar com o time. E não agir passionalmente atrapalhando o time. Mesmo não querendo isto.
Para um bom entendedor, meia palavra bastaria. O problema é: a nossa hostilidade expressada em palavras esta resolvendo ou só atrapalhando? Se nos estivéssemos no lugar dos jogadores, como lidaríamos com isto sobre o efeito de pressão? Devemos refletir antes de escrever.
Amar o Atlético de verdade, é não abandoná-lo e esculachá-lo quando ele mais precisa de apoio.