Duas bocas e um ouvido
Renato fala pelos cotovelos. É mais famoso pelos discursos descontraídos e às vezes polêmicos, do que pelo trabalho ou resultados. Foi rebaixado com o Fluminense e Vasco, mas sempre manteve o sorriso até as últimas rodadas, até fazendo apostas patéticas como sair pelado na praia caso o tricolor fosse rebaixado. Não cumpriu, diga-se de passagem.
A diretoria mais uma vez errou, ao meu ver, em trazer Renato. Não é um técnico vencedor, não é ‘matreiro’ como tivemos Pepe em 1995 ou as passagens de Antônio Lopes. Este último aliás demitido e mal-tratado injustamente pela diretoria atleticana na sua última passagem por Curitiba. Geninho também foi demitido com 83% de aproveitamento no seu último trabalho pelo Furacão.
Como pode o Sr. Renato pedir um centro-avante matador, sendo que o Atlético acabara de contratar – e não foi barato – um dos melhores artilheiros uruguaios? O rapaz mal jogou e esse discurso do nosso técnico mostra como é precipitado e emotivo nas suas declarações.
Repito, precisamos de um técnico ‘velhão’, daqueles que sabem tudo de bola e de trato com o grupo. O Renato foi uma péssima contratação, assim como Sérgio Soares e Adilson Batista. Precisamos de um Delegado, um Valdir Espinoza ou até Leão. Renato é vereador, falador e vai sair de Curitiba sorrindo e piscando para todos, mesmo com o Atlético já rebaixado.
Temos ótimas peças, como Guerrón, El Morro, Madson, David e Branquinho. Temos um pouco de tarimba, com Kleberson, Marcinho e Baier. Talvez mais um lateral-esquerdo e um técnico cabeça branca (ou caju no caso de Leão), nos ajudem a emplacar uma sequencia de pelo menos 3 vitórias seguidas para sair desse sufoco onde viemos nos meter.