135 ou ser curitiboca
De fato, nasci em Curitiba e tenho o ethos de cidade, que, na minha visão, significa ter uma visão crítica do mundo, ser apaixonado, mas não ser tolo. Portanto, sou curitiboca.
Hoje saiu na imprensa dessa capital o provável valor da mensalidade de sócio do CAP para arcar com o devaneio da Copa do Mundo, que será muito útil a uma dúzia de pessoas, é verdade. Ou os sócios do CAP acham que terão alguma vantagem de acesso aos jogos do mundial só por serem sócios? Por outro lado, fico a pensar que jogos as pessoas acham que virão para Curitiba durante o mundial; duvido que venha algum jogo top de linha.
Cento e trinta e cinco reais mensais é o provável preço da mensalidade para sustentar arrogância e a prepotência de alguns. Dobrar praticamente o valor atual, em função de dois o três jogos do mundial, quando se poderia concluir o estádio somente para os interesses do CAP, manter o valor da associação em patamares mais acessíveis e com maior número de sócios investir em um time de fato competitivo.
Sou curitiboca, pois não consigo não olhar para toda essa situação sem ver o associado do CAP pagando duas vezes pela mesma coisa: como contribuinte, uma vez que é o Poder Público o grande investidor da Copa do Mundo no Brasil, e como associado. O evento onera o valor da mensalidade. E antes que alguém mencione a famosa e útil frase os incomodados que se mudem, eu já a assumo e penso sinceramente em dar outro destino aos prováveis R$ 6480,00 (4 cadeiras a 135 reais) reais anuais que me custariam acompanhar o CAP no estádio.