Empate com gosto de derrota
Ficou no quase a segunda vitória do Atlético longe da Baixada e a quebra do tabu no Morumbi. A equipe comandada por Renato Gaúcho lutou até o fim, mas trouxe um ponto com gosto amargo de São Paulo.
O jogo começou com os donos da casa indo para cima e ensaiando uma pressão, envolvendo o meio-campo atleticano com toques rápidos e lançamentos precisos. Porém, somente aos 7 minutos a equipe paulista conseguiu transformar sua posse de bola em um chute perigoso, com Lucas entrando na grande área em diagonal pela esquerda e acertando o suporte da rede.
Passados os primeiros 10 minutos o Atlético equilibrou as ações e começou a manter uma maior posse de bola apesar dos vários erros de passe do meio-campo. Aos 11, Marcinho fez boa jogada individual e chutou com perigo ao lado do gol defendido por Rogério Ceni.
Após alguns minutos com o jogo truncado e bastante disputado no meio, Paulinho fez grande jogada individual pela esquerda, dando inclusive um drible da vaca no lateral adversário, e sofreu falta. Na cobrança, já aos 20 minutos de jogo, Edilson levantou para o meio da área e Fransergio, que se movimentou pelas costas da defesa são paulina, apareceu completamente livre para cabecear para o fundo das redes adversárias. Primeiro gol do volante no Campeonato Brasileiro de 2011.
Teoricamente o gol daria uma vantagem para o Furacão explorar. Ficou apenas na teoria, pois quatro minutos após abrir o placar o Rubro-Negro sofreu o empate. Ilsinho carregou a bola com muita liberdade, driblou o autor do gol atleticano com facilidade e acertou uma pancada, de fora da área, na gaveta, sem chances de defesa para o arqueiro Renan Rocha.
A partida esfriou, com as duas equipes errando muito. Somente depois dos 40 minutos a partida voltou a ter lances de emoção. Faltando cinco minutos para o fim do tempo regulamentar a defesa atleticana não se encontrou após cobrança de falta ensaiada e Ilsinho obrigou Renan a fazer uma grande defesa, jogando a bola para escanteio e salvando o Atlético. Na cobrança, cabeceio do zagueiro paulista e nova defesa de Renan Rocha.
Aos 44 e 45 minutos duas oportunidades claras de gol para o Furacão, ambas com o uruguaio Santiago El Morro García e ambas desperdiçadas. Na primeira a bola foi levantada na área, desviou nas costas de Fransergio e sobrou para o atacante livre e já dentro da pequena área. Desequilibrado, Morro chutou para fora. Na segunda oportunidade Paulinho cruzou e o avante tentou dominar a bola ao invés de chutá-la, e mandou-a para a linha de fundo.
As equipes voltaram para o segundo tempo sem nenhuma substituição, mostrando que os treinadores gostaram do que viram na primeira etapa.
O São Paulo tomou as rédeas da partida e foi para cima do Furacão, criando uma oportunidade com Lucas logo aos dois minutos. O chute parou nas mãos seguras do goleiro atleticano. O Atlético pouco ameaçou no começo da segunda etapa, e quando o fez a zaga adversária apareceu bem para travar um chute de Madson.
Na casa dos 17 minutos bombardeio são paulino. Primeiro com Cícero e depois com Lucas obrigaram Renan a fazer grandes defesas com chutes potentes e muito perigosos. Após os dois lances dos donos da casa o jogo voltou a cair, assim como nos primeiros 45 minutos. Mas isso teve fim a partir dos trinta, quando várias oportunidades de gol e mais dois gols foram criados.
O Atlético, que visivelmente jogava no contra-ataque, quase sofreu a virada em duas jogadas seguidas. Primeiro com o zagueiro Fabrício errando um chute e quase fazendo gol contra e depois com Dagoberto acertando o pé da trave após boa jogada do ataque tricolor.
Na jogada seguinte ao bom ataque adversário o Furacão chegou ao seu segundo gol na partida. Marcinho disputou e ganhou a bola de cabeça na intermediária, fazendo um bom passe para o garoto Edigar Junio que havia entrado no lugar de Morro García. Edigar fintou os dois zagueiros com apenas um corte e chutou forte e rasteiro no canto do gol, partindo para o abraço. Segundo gol do atacante no campeonato.
Após o gol o São Paulo foi com tudo para cima, porém, criou poucas oportunidades. No contra-ataque Edigar quase marcou o terceiro gol rubro-negro.
Porém, a pressão foi tamanha que o gol dos donos da casa acabou saindo. Após o Atlético falhar em manter a bola no seu campo ofensivo o São Paulo saiu em disparada pela esquerda, da onde saiu o cruzamento que atravessou a área atleticana até chegar em Rivaldo, que marcou um gol chorado já aos 45 minutos.
No minuto seguinte Fabrício quase marcou, após confusão na área são paulina, mas a partida acabou mesmo empatada. Com isso o Atlético segue sem vencer o São Paulo fora de casa desde 1983 e continua na zona de rebaixamento com apenas 13 pontos conquistados em 16 rodadas.
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