20 set 2011 - 17h16

Domingos Moro tenta a absolvição do Atlético no tribunal

O advogado Domingos Moro representará o Atlético mais uma vez. A missão desta noite não será nada fácil pois o clube foi enquadrado em três artigos, Cleber Santana (que estará presente no julgamento) foi incluso em dois e o diretor Alfredo Ibiapina foi denunciado em três.

Ainda não ocorreram punições em casos semelhantes. Com isso, Domingos Moro crê que o Atlético some pontos a favor no tribunal. “Nenhum clube foi punido por causa da atitude do dirigente”, afirma o advogado em entrevista à Gazeta do Povo.

Por outro lado, o procurador do STJD, Paulo Schimitt acredita que Ibiapina foi expulso três vezes de campo, podendo acarretar numa conduta grave. “Isso pode fazer com que os auditores entendam de maneira diferente”, ressaltou Schimitt.

Domingos Moro analisou de maneira diferente. “No intervalo ele não foi expulso e nem poderia ser. No segundo mo­­mento, foi o quarto árbitro que o tirou do banco de reservas. O jogo não parou nem um segundo sequer. Apenas em um terceiro mo­­mento o juiz pede para ele sair” afirmou o advogado.

Confira abaixo a entrevista de Domingos Moro com a Gazeta do Povo:

O que esperar do julgamento?
Será extremamente difícil. A denúncia foi muito ampla. O Cléber Santana foi denunciado em dois artigos, o Alfredo Ibiapina em três e o Atlético em três.

O que mais preocupa?
Todas me preocupam muito. Mas se for para elencar em ordem decres­­cen­­te, colocaria primeiro a do Atlé­­tico, pela possibilidade de perder o mando de campo, e do Cléber San­­tana, pelo fato de ofensa gerar uma pena de no mínimo quatro partidas.

Como será a defesa?
Em linhas gerais vamos tentar desvincular do clube as coisas que aconteceram na Arena. Vou tentar mostrar que não houve desordem com impacto no espetáculo.

O que o faz acreditar que o Atlético não será punido?
O fato de que, desde que o Código Desportivo foi reformado, nenhum clube foi apenado por causa da atitude do dirigente. Um exemplo foi o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, punido duas vezes. Na primeira por interpelar a arbi­­tragem e depois por estar no ban­­co de reservas. Ele foi suspenso, mas o clube não perdeu mando de campo.

Isso gera tranquilidade, não?
Eu nunca fico tranquilo na véspera de um julgamento. Não sei qual vai ser o entendimento do auditores. Vai depender muito das testemunhas e das provas.

Reportagem: Marcelo Dacól



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