Carta aberta aos conselheiros e presidentes do Clube Atlético Paranaense
Senhores, meu nome é Rodrigo Chaves Ribeiro, tenho 29 anos, publicitário, nascido em Vacaria/RS porém resido em Curitiba desde os 4 anos de idade, onde aos 8 anos adotei o Atlético como clube do coração.
Sou sócio do clube desde 2009 e sempre tento cumprir em dia com minhas obrigações, seja pagando a mensalidade seja gritando para incentivar o time.
No entanto me senti ultrajado ao ver policiais militares escorraçando torcedores das cadeiras, aquelas mesmas cadeiras que contém nossos nomes que tanto temos orgulho. As mesmas cadeiras que nos abrigam em todos os jogos do Furacão, a qual ganhando ou perdendo sempre estão conosco, nos lembrando que estamos ali pra ajudar o clube de qualquer forma.
Não sou bandido nem marginal pra ser batido com cassetete de um espaço privado onde todo mês contribuo financeiramente para ter o direito de acompanhar minha única paixão fora minha família. Eu, assim como vários sócios, estamos enojados com a atitude da polícia dentro de nosso estádio o qual não é e nunca foi campo de guerra para termos tropa de choque adentrando ao gramado realizando passinhos de intimidação.
Espero que o clube pelo menos emita uma nota pedindo desculpas aos sócios que foram filmados levando cacetadas e também aqueles que tinham crianças de colo e saíram correndo de medo que algo pior pudesse acontecer. Estamos prestes a criar um estádio padrão FIFA, para um evento grandioso como a Copa do Mundo, porém não precisamos deste selo para aprendermos a cuidar de nós mesmos. Se o clube não atenta pela segurança de seus sócios, quem o fará?
26 de Setembro de 2011
Rodrigo Chaves Ribeiro
Sócio cadeira GVINF A 161