Podemos até cair, mas vamos vender caro a queda-.
Quem assistiu ao jogo contra o Vasco da Gama (2 x 2), pôde perceber que o resultado, não fosse a situação em que estamos presentemente, seria absolutamente normal.
Jogamos contra uma equipe que está disputando o título e, mais do que isso, é melhor que a nossa.
Não faltou vontade e futebol aos meninos Deivid, Renan Rocha, Renan Foguinho, Garcia e Heracles; aliás, foram eles que propiciaram a que o Atlético fizesse um primeiro tempo muito bom.
Não fizeram a mesma coisa no segundo tempo do jogo exatamente porque se extenuaram por completo durante a primeira etapa.
As alterações que o Antonio Lopes fez no segundo tempo foram absolutamente ditadas pela necessidade decorrente do cansaço dos atletas que acabaram sendo substituídos e não por burrice.
Acho extremamente injusto, portanto, dirigirem críticas desmedidas ao Pato Velho, pois o que ele jamais poderia esperar é que, por exemplo, o Cléber Santana que é um jogador experiente-, entrasse tão mal como entrou na partida.
O Lopes vai continuar e deve mesmo continuar- até o fim; primeiro, porque foi o único que aceitou embarcar nessa nau de há muito condenada a afundar; segundo, porque não é de correr do pau e, terceiro, porque, afora ele, ninguém mais se sujeitará ainda mais agora- a assumir a bronca na beira do gramado.
Quando o Lopes chegou, já estávamos numa situação calamitosa.
Caso consigamos escapar da degola, será com o Lopes.
Devemos, pois, apoiar o nosso treinador, aconteça o que acontecer.
De repente, com apoio e respeito, ele consegue a façanha.
Pelos meus cálculos, faltam ainda 27 pontos a serem disputados.
Os nossos atletas, com certeza, perderão alguns desses pontos faltantes, mas, certamente, ganharão outros tantos.
Quando ganharem, ganharam; quando perderem, estou certo que venderão caro a derrota. Vamos aguardar até a última partida, pois é bem provável que, até ela, ainda tenhamos chances de escapar vai ser terrível, mas antes assim do que cairmos já, por antecipação-. Não temos outra alternativa.
Na vida, quando nos deparamos com uma bifurcação e não sabemos qual dos dois caminhos tomar, devemos esperar, fria e calculadamente, até que alguma coisa aconteça (boa ou má), mas sempre acreditando de que ela possa vir a ser boa. É uma questão de condicionamento da mente.
Caso o CAP, afinal, não seja rebaixado, não teremos mais porque nos preocuparmos este ano; caso caia porque caiu-, não teremos mais nenhuma razão para nos preocuparmos este ano.
Não é uma questão de ter ou não mais ter esperanças: é uma questão de entender que, a partir de agora, pelo menos o apoio deve ser ainda maior, para os nossos jogadores e para o nosso treinador.
Caso ele consigam fazer-nos permanecer na 1ª. Divisão, ótimo; caso não consigam, paciência.
O que eles não poderão dizer futuramente é que caíram porque a nossa torcida os abandonou, ou antes, desmoralizou-os.
O CAP está na UTI, é verdade, mas nem por isso nós, que estamos no corredor, vamos lamentar antecipadamente, esbravejar, chorar e achar que o médico, por ser incompetente, vai ser determinante para que o inexorável trágico final aconteça.
É isso.