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17 out 2011 - 19h58

Podemos até cair, mas vamos vender caro a queda-.

Quem assistiu ao jogo contra o Vasco da Gama (2 x 2), pôde perceber que o resultado, não fosse a situação em que estamos presentemente, seria absolutamente normal.

Jogamos contra uma equipe que está disputando o título e, mais do que isso, é melhor que a nossa.

Não faltou vontade e futebol aos meninos Deivid, Renan Rocha, Renan Foguinho, Garcia e Heracles; aliás, foram eles que propiciaram a que o Atlético fizesse um primeiro tempo muito bom.

Não fizeram a mesma coisa no segundo tempo do jogo exatamente porque se extenuaram por completo durante a primeira etapa.

As alterações que o Antonio Lopes fez no segundo tempo foram absolutamente ditadas pela necessidade decorrente do cansaço dos atletas que acabaram sendo substituídos e não por “burrice”.

Acho extremamente injusto, portanto, dirigirem críticas desmedidas ao “Pato Velho”, pois o que ele jamais poderia esperar é que, por exemplo, o Cléber Santana –que é um jogador experiente-, entrasse tão mal como entrou na partida.

O Lopes vai continuar –e deve mesmo continuar- até o fim; primeiro, porque foi o único que aceitou embarcar nessa “nau de há muito condenada a afundar”; segundo, porque não é “de correr do pau” e, terceiro, porque, afora ele, ninguém mais se sujeitará –ainda mais agora- a assumir a “bronca na beira do gramado”.

Quando o Lopes chegou, já estávamos numa situação calamitosa.

Caso consigamos escapar da degola, será com o Lopes.

Devemos, pois, apoiar o nosso treinador, aconteça o que acontecer.

De repente, com apoio e respeito, ele consegue a façanha.

Pelos meus cálculos, faltam ainda 27 pontos a serem disputados.

Os nossos atletas, com certeza, perderão alguns desses pontos faltantes, mas, certamente, ganharão outros tantos.

Quando ganharem, ganharam; quando perderem, estou certo que venderão caro a derrota. Vamos aguardar até a última partida, pois é bem provável que, até ela, ainda tenhamos chances de escapar –vai ser terrível, mas antes assim do que cairmos já, por antecipação-. Não temos outra alternativa.

Na vida, quando nos deparamos com uma bifurcação e não sabemos qual dos dois caminhos tomar, devemos esperar, fria e calculadamente, até que alguma coisa aconteça (boa ou má), mas sempre acreditando de que ela possa vir a ser boa. É uma questão de condicionamento da mente.

Caso o CAP, afinal, não seja rebaixado, não teremos mais porque nos preocuparmos este ano; caso caia –porque caiu-, não teremos mais nenhuma razão para nos preocuparmos este ano.

Não é uma questão de ter ou não mais ter esperanças: é uma questão de entender que, a partir de agora, pelo menos o apoio deve ser ainda maior, para os nossos jogadores e para o nosso treinador.

Caso ele consigam fazer-nos permanecer na 1ª. Divisão, ótimo; caso não consigam, paciência.

O que eles não poderão dizer futuramente é que caíram porque a nossa torcida os abandonou, ou antes, desmoralizou-os.

O CAP está na UTI, é verdade, mas nem por isso nós, que estamos no corredor, vamos lamentar antecipadamente, esbravejar, chorar e achar que o “médico”, por ser incompetente, vai ser determinante para que o inexorável trágico final aconteça.

É isso.



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