24 out 2011 - 10h06

Torcida Os Fanáticos completa 34 anos hoje

A Torcida Organizada Os Fanáticos, fundada em 24 de outubro de 1977, faz aniversário nesta segunda-feira. São 34 anos – ininterruptos – ao lado do Furacão. Com shows inesquecíveis, músicas marcantes e apoio incondicional, a TOF tornou-se a principal organizada do Atlético.

Como destaca o site oficial da torcida, é uma história que se confunde com a do clube e que ensina a cada jogo como se faz a festa nos estádios pelo país e pelo mundo afora.

“Mas a nossa casa é a Baixada. Ahhh, a Baixada! O grito que ecoa da Buenos Aires e vai parar na Madre Maria. Inflamados com o nosso apoio, transformamos os cabeças-de-bagre em craques. O pulmão de cada atleticano é o coração no bico da chuteira dos nossos jogadores. Graças a nós”.

História

No dia 24 de outubro de 1977, quando o Brasil ainda respirava os ares do militarismo no governo Ernesto Geisel e o mundo ainda lamentava a morte do Rei Elvis Presley, um grupo de jovens resolve colocar em prática uma ideia que crescia constantemente: a formação de uma nova organizada para incentivar o Atlético, após o fim dos trabalhos do ETA. Assim, numa tarde nublada jogando contra o Brasília no estádio Couto Pereira, pouco mais de 20 atleticanos colocaram nas arquibancadas a faixa que seria um marco na história das torcidas organizadas no Estado. Numa metade de faixa vermelha escrito em preto e na outra metade preta escrita em branco, nascia a Torcida Os Fanáticos.

Logo depois, reuniões foram feitas e pouco a pouco ideias novas surgindo, sempre com espírito democrático que norteou a história da torcida. Nos jogos, era comum o “recrutamento” de torcedores, principalmente jovens que eram convidados a cantar seu amor pelo Furacão ao lado daqueles malucos que curtiam muito rock´n roll, o que logo fez surgir o símbolo imponente e que caracterizava melhor que tudo o espírito deles para com o Atlético. A caveira e o lema “Atlético até a morte” serviram como um grande marketing que fazia a torcida crescer cada vez mais.

Com muita festa em que papel picado, papel higiênico, fumaças rubro-negras que infestavam o ar e o inigualável poder de gritar a plenos pulmões A-tlé-ti-cooo eram uma constante, os integrantes da Torcida Os Fanáticos foram ganhando a simpatia daqueles que mesmo não estando próximos a ela, cantavam suas animadas músicas. Canções aliás sempre foram um diferencial da TOF, adaptando sambas de enredo e sendo a primeira torcida brasileira a cantar na íntegra uma versão de música em inglês, o clássico do Pink Floyd “Another brick in the wall”, que se tornou um verdadeiro hino nas arquibancadas, com muito deboche e pornografia “traduzidos” como “Atirei o pau nos coxas”.

Foi a Fanáticos também a primeira torcida a trazer as canções com Dá-lhe dá-lhe ooo, muito comuns nos demais países da América Latina para o Brasil. Canções que foram aprendidas em troca de experiência junto a torcedores presentes na Copa América de 1999 no Paraguai, quando Os Fanáticos estiveram ao lado da Seleção Brasileira, outro diferencial da torcida, sendo uma facção de apoio e respeito incondicional ao escrete canarinho.

Assim a Torcida Os Fanáticos segue fazendo história. Proprietária de uma sede própria bem próxima da Baixada, a torcida tem se destacado em ações sociais e uma forte campanha de conscientização do torcedor para que evite violência, ajude o próximo e apóie o Atlético o tempo todo, incentivando o Furacão. Mesmo em partidas fora de Curitiba e até mesmo no exterior, a Torcida Os Fanáticos sempre esteve presente, levando seu grito de apoio e mostrando o tamanho da paixão pelo rubro negro.

Com informações do texto de Juarez Villela Filho, publicado originalmente em 2007, na ocasião do aniversário de 30 anos da Torcida Os Fanáticos.



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