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15 nov 2011 - 20h02

Oração do Atleticano

Deuses do Futebol: não vos peço para que agraciem nosso time com inexplicáveis lances de rara beleza, estética e formosura. Sei que não somos merecedores pelo que fizemos (ou pelo que não fizemos) pelo clube nos últimos anos. Criamos um verdadeiro carma, uma atmosfera onde o apego, o ego, as desavenças, os desacertos e as ganâncias que produzimos e carregamos pesaram demais e por vezes foram mais fortes até que os gritos da mais frenética, contagiante, lúdica e linda torcida do sul do mundo. Pois é, o impensável aconteceu.

Tornamo-nos uma espécie de bipolares da bola: num domingo podíamos tudo após conquistar a mais homérica das vitórias em outro estávamos irremediavelmente fuzilados.

Falando do último jogo: caraca, aquele chute do Nieto domingo, cacete, aquele chute, em palco sagrado, magneticamente lotado, aquele merecia entrar. Seria o gol da vida do gringo e com os pés “pasmem”.

Então como não foi de vossa vontade ‘nos ajudar’ neste último jogo, peço que a magnitude ‘estocada’ e não ‘celebrada’ em tão magnífico lance reverta para nós em boa sorte sob forma de gol de canela, de barriga, de bunda, contra (desde que devidamente anotados pelos nossos adversários) que a trave ora inimiga, tenha compaixão do menino Renan Rocha, e do Márcio (lembremos que Renan está pendurado) que as joanetes, unhas encravadas, esporão, calos, feridas futebolísticas e em geral não enfermem mais nossos atletas nem outros profissionais (pobre Bolinha) até 04/12/2012 lá pelas 18:30hs.

Neste momento quero soltar, expelir, expulsar, expectorar todo tormento de um ano ruim, de um estado de coisas ruins que envolveram o meu Atlético.

Minha visão de futuro é que ao final do jogo, ao olharmos uns aos outros, não encontremos nada mais nada menos do que o mais doce dos sorrisos.

A sentença é recorrente e gasta, mas para nós atleticanos não haverá outra frase tão verdadeira quanto: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

Ps. Peço também que as bolinhas da cumbuca da CBF para os nossos jogos não contenham os nomes de sujeitos como Wilson Luiz Seneme, Marcelo de Lima Henrique, Francisco Carlos Nascimento e Heber Roberto Lopes. Nada pessoal, mas pra falar pouco, é uma galerinha meio inadequada.

Deuses do Futebol, olhai por nós …



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