Aquele ano de 2001 ficou marcado para sempre no meu coração rubro-negro!

Desde o começo do Campeonato Brasileiro, embalados por vitórias e com a entrada do Geninho, meu eterno e adorado treinador, para que a gente tivesse junto a nossa maior glória conquistada!

Cada jogo disputado como se fosse uma final! Os jogadores com aquela raça, que tanto pedimos, com orgulho e levando o escudo do CAP tatuado no coração de cada um!

Jogadores, comissão técnica e torcida juntos como um só objetivo, levar nosso Atlético Paranaense ao topo! Campeão Brasileiro de 2001!

Acompanhei cada jogo, cada vitória conquistada, cada emoção na Arena!

Chegou o jogo contra o São Paulo, e nesse dia eu tinha uma prova de vestibular para fazer! A tensão em dobro, de olho na prova e prestando atenção aos fogos de artifícios no céu! Saí da prova correndo para casa de uma amiga para não perder o segundo tempo!

Um jogo eletrizante e saímos vencedores!

Depois veio o jogo contra o Fluminense, os nervos a flor da pele, uma emoção atrás da outra, gol para todos os lados e saímos mais uma vez vitoriosos, com nossos guerreiros em campo, levando a nossa camisa com orgulho!

E a final em dois jogos! Ainda tínhamos muita emoção pela frente, com o São Caetano na frente da tabela e com a vantagem de decidir em casa!

Mas nós todos estávamos juntos pelo mesmo objetivo! Colocar o Atlético Paranaense na história!

O 1º jogo foi para quem tem coração de ferro! A cada gol a emoção mudava, vamos para cima, vamos ganhar, vamos correr atrás do placar! E no finalzinho a glória do gol de Alex Mineiro!

No 2º jogo não tive dúvidas, não podia deixar meu Atlético ir sem a minha presença! Não no último jogo, não na final, não no jogo mais importante de nossas vidas!
E fomos, eu e minha irmã, junto com a Fanáticos, saindo de madrugada, com minha mãe fazendo recomendações para os amigos cuidarem da gente, e com a desaprovação do meu pai em casa!

Viagem longa, tensa, com muita garoa, vidros quebrados e muita, mas muita fé de que o título era nosso! O sonho estava tão perto!

E o jogo começa, ficamos muito perto da torcida deles, num cantinho do estádio, com uma garoa, capa de chuva e com sanduíche do almoço todo molhado!

Tivemos um câmera ao nosso lado na arquibancada que não deixava a gente se mexer! Até que em uma altura mandamos ele sair, e ir filmar em outro lugar, porque não podíamos seque xingar sossegadas!

E veio o gol, e uma explosão saiu de dentro de nós! Parecia que fogos de artifícios saíam de nossos peitos naquele céu nublado! Um grito tão alto e forte que até o céu trovejou!

O jogo acabou! E a gente nem sabia o que fazer direito! Abraçar, chorar, cantar, berrar, pular, sair correndo! Ver tudo aquilo ao vivo, é uma emoção tão grande, que até agora quando me lembro me arrepia!

Não tivemos muito tempo para comemorar ali, tínhamos que pegar o ônibus de volta!
Mensagens no celular, dos amigos e familiares, que nos viram na Globo!

Os moradores de São Caetano batendo palmas quando o ônibus saía do estádio e da cidade, foi uma cena comovente para mim! Apesar da derrota deles, ainda tinham forças para nos parabenizar!

A volta foi só alegria, cantoria no ônibus e a adrenalina correndo pelo corpo todo!

Todos tão alegres e eufóricos, que ninguém cabia em si de felicidade!

Chegamos a Arena de madrugada, mas com alguns torcedores pela rua e ainda conseguimos ver alguns jogadores!

Mas tinha que ir para casa! Dia seguinte, véspera de Natal, mas eu tinha que trabalhar!

Cheguei em casa morta, e logo o celular despertou para ir trabalhar! Quando desliguei, vi meu pai sentado na minha cama, falando parabéns pelo título, e hoje você não vai trabalhar! Desliguei meu celular e voltei a dormir, o sono dos campeões!

A tarde foi uma correria para bordar a estrelinha amarela nas camisas e bandeiras! E ela ficou tão linda! Combinou tanto com nosso CAP! Torcedores eufóricos nas ruas, todos se cumprimentando e vivenciando essa glória tão sonhada, e conseguida com tantas emoções! E com um gostinho tão bom, um gosto de vitória!

Aquela de longe foi a melhor segunda feira que eu já tive!

Passei a noite de Natal vestida de rubro-negro!

O Papai Noel aquele Natal também foi rubro-negro, e me deu o melhor presente de Natal que já tive, uma estelinha amarela bordada na minha camisa rubro-negra!

Relato resumido de uma atlética fanática e apaixonada, do melhor dia da minha vida rubro negra!