Conheça a trajetória de Carrasco como treinador
Após 12 anos de carreira, Juan Ramón Carrasco viverá seu primeiro desafio no país do futebol. Depois de passar – como treinador – por diversas equipes uruguaias, além da seleção daquele país e Emelec do Equador, Carrasco terá a missão de reconduzir o Atlético à Série A do Campeonato Brasileiro.
A trajetória do treinador começou no ano 2000, no modesto Rocha, do Uruguai – então com apenas seis meses de existência. Disputando pela primeira vez os grandes torneios Uruguai, a equipe do interior manteve-se na primeira divisão ao conseguir a 16ª posição no Clausura e a 13ª no Apertura. O sucesso não se repetiu no ano seguinte. No primeiro semestre, Carrasco dirigiu a equipe em uma fase preliminar do Campeonato Uruguaio. O desempenho modesto, com apenas 4 pontos ganhos em 16, deixou o Rocha na última colocação de seu grupo e culminou com a saída do treinador da equipe.
Sete meses depois, Carrasco buscou o recomeço na equipe de Fênix – clube no qual alcançou bons resultados. Ficou com a terceira colocação no Clausura e no Apertura daquela temporada, avançando para as classificatórias da Libertadores. Com três vitórias em três jogos conseguiu o maior feito na sua carreira até aquele momento. Foi eliminado ainda na primeira fase do torneio Sul-Americano, mas, pelo bom trabalho no pequeno Fênix (conquistaria ainda o 5º lugar no Apertura 2003), foi convidado a dirigir a seleção uruguaia.
Com objetivo de levar a Celeste Olímpica à Copa do Mundo de 2006, Carrasco iniciou a caminhada de maneira avassaladora, goleando a Bolívia por 5 a 0 nos pampas. Depois disso, alternou bons e maus resultados: perdeu para o Paraguai fora de casa por 4 a 1, venceu o Chile em casa por 2 a 1, empatou com o Brasil em Curitiba por 3 a 3 e caiu após perder para a Venezuela, em Montevidéu, por 3 a 0.
O fracasso deixou Carrasco dois anos sem clube, até ser contratado pelo River Plate uruguaio. Em seu trabalho mais duradouro, ficou em 5º no Clausura e 4º no Aperura 2007. No ano seguinte, ficou em primeiro lugar na fase classificatória do Clausura, mas foi derrotado por 5 a 3 na final pelo Peñarol e ficou com o vice-campeonato. No segundo semestre, a equipe caiu de rendimento e ficou apenas com o oitavo lugar no Apertura. Ainda ficou em 3º, 8º e 5º colocado nos torneios seguintes antes de se transferir para o Nacional.
Comandando um dos grandes uruguaios, conseguiu, enfim, seu primeiro título. Após terminar a primeira fase do Clausura na liderança, venceu o Defensor por 1 a 0 na final. No outro desafio na equipe, porém, não foi bem, e foi eliminado ainda na primeira fase da Libertadores, conseguindo duas vitórias, dois empates e duas derrotas. Um dos triunfos contou com a presença marcante de outro atleticano: Santiago Garcia, autor dos dois gols na vitória sobre o Fluminense no Uruguai.
Mesmo com 57 dos 72 pontos conquistados (com 19 vitórias, cinco empates e cinco derrotas), o “JR” deixou o Nacional após frequentes problemas de relacionamento. O estopim teria sido a ausência na comemoração do título uruguaio: após a conquista, foi direto aos vestiários enquanto os jogadores comemoravam no campo.
Carrasco pretendia alavancar a carreira em um clube argentino, mas, ao invés disso, rumou ao Equador. A passagem pelo Emelec foi rápida, de apenas 4 meses, e Carrasco deixou a equipe ainda durante a competição. No Equador, o treinador conviveu com as críticas por contratar jogadores uruguaios e manter equatorianos – como o meia Edíson Mendez – no banco de reservas.