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25 fev 2012 - 19h17

A imprensa, o Denorex e a Roberta Close

Amigos! Muitos de vocês, por serem jovens demais, não sabem; outros esqueceram posto que a juventude já perdeu o viço (não confundir com virso, que é o presidente das paquitas); mas alguns lembrarão que a mulher mais bonita do ano de 1983, no Brasil, foi a Roberta Close.

Aí o leitor mais exaltado vai me censurar: ‘Mas, seu Rafael Lemos, a Roberta Close não é mulher: é travesti!’ – ao que responderei: ‘Mas em 1983, nobre amigo, ninguém tinha certeza de nada!’.

Quem de fora visse, jurava que a Roberta Close era mulher; quem de perto vira, não contava, e mesmo que contasse a dúvida permanecia.

Afinal de contas: a Roberta Close era homem ou era mulher? Aqui é que estava, ou aí é que esteve, a dúvida e o ano de 1983 acabou tendo como a mulher mais bonita do Brasil a Roberta Close que, tempos depois, acabou revelando que nascera homem, mas – por razões psicológicas, hormonais, anatômicas, dentre outras – acabou virando mulher.

E pra que foi que eu disse tudo isso? Ah, sim, para falar de futebol, como sempre. Para falar daquilo que parece, mas não é (e o amigo aí, cuja juventude já perdeu o viço, acabou de se lembrar do xampu chamado Denorex. Sim, os anos 80 já vão longe, camarada. Até a Simony, que era uma menina engraçadinha, há tempos virou uma balzaquiana sem graça nenhuma).

E assim como a Roberta Close parecia ser mulher, mas era homem, nossa imprensa parece ser imparcial, mas é parcialíssima, sempre em prejuízo do Clube Atlético Paranaense.

Aí muitos leitores vão me mandar e-mails, a maioria anônimos, dizendo que eu estou vendo coisas, inventando, chorando, torcendo os fatos, etc., etc., etc.

Então transcrevo manchetes extraídas dos veículos de comunicação mais populares de Curitiba, sempre descendo a borduna no Atlético, ou insinuando coisas que nos são desfavoráveis, ou puxando o saco dos ervilhas, a quem chamo de paquitas, pois chamá-los de azeitonas seria elevado desrespeito.

Seguem:

– ‘Vizinhos do Atlético preocupados com obra’ – paranaonline (25/02/2012). Notícia claramente com o intuito de atrapalhar as obras da Arena da Baixada;

– ‘Carrasco desaparece, mas comanda o Atlético no domingo’ – paranaonline (24/02/2012). Ao afirmar que o Carrasco teria desaparecido, a notícia quer, por óbvio, plantar a ideia de falta de comando, de desestabilidade, ou seja: parece uma noticiazinha inocente, de cunho meramente informativo, mas é maliciosa, é mal-intencionada, é malandra. Parece boazinha, mas não é: igual o Denorex, igual a Roberta Close de 1983;

– ‘Torcida Atleticana pega no pé de Carrasco’ – paranaonline (23/02/2012). Mais um veneninho da imprensa falsamente imparcial contra as cores do Atlético Paranaense;

– ‘Atletiba teve o pior público dos últimos 12 anos’ – paranaonline (24/02/2012). Esta aqui pretende dizer o quê? ‘Clássico com torcida única é um absurdo, não deve acontecer mais, foi uma ideia imbecil do Atlético’. Todavia o veículo deixou de dizer que o Clássico aconteceu numa quarta-feira de cinzas e teve como palco a Vila Capanema – estádio cuja capacidade já é naturalmente menor, tanto é que a carga de ingressos é de 9.999. Outro veneninho em forma de notícia. Os caras acham que nós, Atleticanos, somos todos uns bobos, que não captamos a safadeza contida na linhas e entrelinhas.

– ‘Couto para holandês ver’ – Gazeta do Povo (25/02/2012). Essa chega a causar risos! O jornal do Airton Cordeiro tenta, a duras penas, levantar a autoestima dos smurfs geneticamente modificados. Eles têm, na dura realidade, o Pinga-Mijo; nós, Atleticanos, estamos edificando a Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. Mas para não deixar os mimadinhos do Alto da Glória de bico, a Gazeta veicula a mirabolante notícia, como se dissesse: ‘Eles têm a Arena, mas não fiquem tristes, não, amigos coxas: vocês terão coisa muito melhor’. E aí até maquete (mais uma!) vira manchete!

– E isso sem falar nas colunas do próprio Airton Cordeiro que, diariamente e há anos, faz de seu espaço uma tribuna permanente contra o Atlético Paranaense (e às vezes para atacar o Atlético ele se faz de amiguinho da nossa Torcida, da nossa História, mas é tudo estratégia para alcançar o objetivo maior que é diminuir o Atlético, atacar o Atlético, prejudicar o Atlético!).

Os mais antigos lembrarão que, quando da fusão que deu origem ao Paraná Clube, o Aiton Cordeiro dizia o seguinte: ‘Quem deve tomar cuidado com o surgimento do Paraná Clube é o Atlético, pois está ameaçado a perder grande parcela de seus torcedores para o Paraná Clube. O Coritiba, em face de sua História, de sua tradição, por ser campeão brasileiro, etc.,não precisa se preocupar, mas o Atlético, sim!’.

Acham que estou mentindo? Vão atrás dos jornais da época, conversem com seus amigos mais velhos, recorram a todas as fontes. O Airton Cordeiro nunca topou o Atlético! E agora não será diferente. E o que eu falo dele serve para outros tantos ‘homens da imprensa’. É preciso vigiar e muito!

Aí, senhores, quando o saco estoura e alguém toma a atitude de enfrentar certos ‘profissionais’ da imprensa, esta se sente: incomodada, subtraída em seus direitos fundamentais, ultrajada, censurada, ofendida, maculada, etc., etc., etc., mas não faz a necessária autocrítica que a conduziria à singela e óbvia conclusão: imprensa parcial gera ódio e o ódio gera violência (seja de atos ou palavras).

Assim, amigos-leitores, fica o conselho: não acreditem em tudo aquilo que vocês andam lendo.

Assim, amigos-leitores, fica a missão: vigilância em tempo integral pelo bem do nosso Clube Atlético Paranaense!

Por fim, amigos-leitores,fica um pensamento de Bertold Brecht, para detida reflexão:

‘Do rio que tudo arrasta se diz que é violento, mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem’.

A mim parece que o Clube Atlético Paranaense é o rio, comprimido pelas margens violentas de uma imprensa parcial.

E a você, amigo, o que parece?



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