Bala na agulha
Bala na agulha é uma expressão muito utilizada no Rio de Janeiro (onde mais?) que significa “ter recursos”.
O Atlético Paranaense tem bala na agulha. Tomando por base o jogo de ontem contra o Sampaio Correia, num jogo decisivo de uma competição nacional, nada menos do que sete jogadores da base estavam em campo (Rodolfo, Pablo Manoel, Héracles, Deivid, Harrison e Furlan), sem contar que das três substituições, em duas os garotos entraram em campo (Zezinho e Edgar). Todo este material humano não é garantia de sucesso, mas é uma prova inconteste que estamos no caminho certo. Estes atletas são parte importante dos recursos técnicos e financeiros do clube. Com esta garotada, o Furacão está reescrevendo o seu presente e vislumbrando um futuro muito positivo.
Outro acerto da diretoria foi na contratação do técnico. Carrasco traz para Curitiba uma nova forma de trabalho. Sai daquela mesmice que tanto nos desagrada. Vemos que ele está totalmente comprometido com o clube e sua visão futebolística está em sintonia com aquilo que a torcida espera de seu time.
O mesmo não se pode dizer do Coritiba. O time do Alto da Glória está vivendo das Glórias do ano passado. A ficha não caiu. Cadê a bala na agulha alviverde? Jogadores rodados, que em breve estarão em fim de carreira. Não há renovação. O Rafinha é a única reserva financeira que o clube tem. Os demais jogadores, se brilharem nas competições nacionais, vão embora e para o Coxa só ficará a saudade…
Administrar com a cabeça no presente com os olhos no futuro. Esta é a tônica que vemos no CAP.