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10 abr 2012 - 11h38

É preciso reordenar os fatos para se contar a História

Já encheu o saco. Homens posando de puros. Democratas. Defensores do Erário. Últimas reservas morais. Oradores. Tribunos. Profetas do Apocalipse. Procuradores de Deus na Terra. Salvadores.

Já encheu o saco. A gente abre o jornal. Notícias distorcidas. Factoides. Mentiras repetidas à exaustão na esperança de que virem verdades. A verdade. Há verdade. Verdade não vende jornais. A verdade não importa. Adianta trazê-la a público?

Já encheu o saco. Ler diariamente que o Clube Atlético Paranaense se vale do Erário para concluir a Arena da Baixada para a Copa de 2014, que terá como Sede o Brasil.

Já encheu o saco. É preciso reordenar os fatos para se contar a História.

Quem nasceu antes: o ovo ou a galinha? O Clube Atlético Paranaense impôs a Copa ao Estado do Paraná e à Cidade de Curitiba, ou o Estado do Paraná e a Cidade de Curitiba, que estão sendo e serão enormemente beneficiados pelo Mundial, é que aceitaram os encargos por livre e espontânea vontade e, sobretudo, por serem escolhas naturais dentro da Federação?

Vamos aos fatos.

O Brasil – País do Futebol, maior campeão da História, Mãe Gentil dos maiores gênios da bola – estava na fila desde 1950.

De lá para cá, o México sediou dois Mundiais (1970-1986). O Brasil na fila. Até que foi escolhido em 2007. Justiça histórica ao País que é a maior potência mundial quando se fala de bola.

Escolhida a Sede (Brasil), deveriam ser apontadas 12 Subsedes. Assim se fez e Curitiba foi uma das escolhidas, com justiça.

Curitiba está entre as 12 maiores cidades do País sob os prismas geográfico, populacional, cultural e financeiro. Curitiba está entre as 12 maiores cidades do País no aspecto futebol. Justa a indicação do Brasil. Justa a indicação de Curitiba.

Tudo isso se deu em 2007, friso.

Em 2007, o estádio desta Cidade que se apresentava como mais apropriado para receber os jogos da Copa de 2014 era a Arena da Baixada.

Tal condição não se deu ao acaso (ou por acaso). Ao contrário: o Clube Atlético Paranaense, preocupado com seu crescimento patrimonial, inaugurou a Arena em 1999, apresentando ao País um conceito novo e uma realidade até então inédita.

Não foram poucos os esforços empreendidos na construção da Arena da Baixada. Esforços financeiros e humanos. Sem saber que era impossível o Atleticano – capitaneado por Mario Celso Petraglia – foi lá e fez.

O Couto Pereira continuava sendo maquiado pelas Diretorias do Coritiba. As Vilas pertencentes ao Paraná Clube não recebiam investimentos. A FPF se aterrava em dívidas e em escândalos.

Em 2007, o cenário era este: Arena da Baixada – moderna – com 65% de suas obras concluídas; Couto Pereira se esvaindo gota a gota (de mijo); as Vilas atrofiadas; o Pinheirão à beira da morte.

O Brasil já estava indicado. Curitiba já estava indicada. Por extensão, o Estado do Paraná já estava indicado. Se o Estado do Paraná e a Cidade de Curitiba renunciassem à Copa teríamos passado um recibo nacional de incompetência.

Se tivéssemos perdido a Copa para nossos vizinhos catarinenses, o orgulho paranaense restaria mortalmente ferido. Não se poderia admitir tamanho fracasso (ademais, a perda da Copa se traduziria em prejuízo político para nossos homens públicos, eis que restariam tachados como incompetentes. Ao analisarmos os fatos, não podemos olvidar o viés político. Se há o bônus de posar para fotos no canteiro de obras, há também o ônus (ou melhor, obrigação) de se honrar os compromissos que gravitam em torno da Copa do Mundo de 2014 no Estado do Paraná e na Cidade de Curitiba).

É preciso reordenar os fatos para se contar a História.

Hoje, tentam alguns embaralhar os fatos para contar uma história mentirosa. A verdade não vende jornais.

A Copa de 2014 veio da FIFA para o Brasil, deste para suas 12 Cidades Subsedes e estas – dentro de suas realidades – escolheram seus palcos. E escolhidos os estádios por suas Subsedes, começariam os esforços – públicos e privados – para dotá-los de condições para que pudessem, em 2014, receber os jogos da Copa do Mundo.

Na Curitiba de 2007 o palco real era a Arena da Baixada. Todo o resto era ficção científica (maquetes, desenhos, projetos, engodos, farsas, deboches e rascunhos).

O Estado do Paraná e a Cidade de Curitiba tinham sido indicados e, para que não viessem a passar publicamente o recibo de incompetência, tiveram de contar com o Clube Atlético Paranaense que, honrando o adjetivo PARANAENSE, aceitou o desafio de – uma vez mais em sua História – construir/reconstruir seu Estádio. Tivesse o Atlético lavado as mãos e o Estado do Paraná estaria alijado da Copa do Mundo. Tivesse o Atlético se negado a empreender em consórcio com os Entes públicos e o Estado do Paraná teria perdido o PAC da Copa (e com ele os empregos diretos, indiretos, os turistas, a exposição positiva na mídia, o legado que a Copa deixará, etc.).

É preciso reordenar os fatos para se contar a História.

Já encheu o saco. Homens posando de puros. Democratas. Defensores do Erário. Últimas reservas morais. Oradores. Tribunos. Profetas do Apocalipse. Procuradores de Deus na Terra. Salvadores.

Já encheu o saco. A gente abre o jornal. Notícias distorcidas. Factoides. Mentiras repetidas à exaustão na esperança de que virem verdades. A verdade. Há verdade. Verdade não vende jornais. A verdade não importa. Adianta trazê-la a público?

Já encheu o saco. Ler diariamente que o Clube Atlético Paranaense se vale do Erário para concluir a Arena da Baixada para a Copa de 2014, que terá como palco o Brasil.

É preciso que se restabeleça a ordem dos fatos. É preciso que se restabeleça a verdade!

O Clube Atlético Parananense – agindo desde sempre com transparência, sob a égide da Lei e se submetendo a todos os órgãos instituídos de Controle – tem empreendido esforços para concluir a Arena da Baixada, dentro da rigidez imposta pela FIFA.

Tomou em seu nome empréstimo que será pago com recursos do Clube. Valeu-se do potencial construtivo que é instrumento criado por Lei e que é por ela disciplinado. Receberá de forma lícita e absolutamente transparente todo aporte financeiro destinado às obras e prestará a seu tempo e a quem de direito toda conta que se fizer necessária.

Gritam coxas e paranistas que os investimentos na Arena da Baixada são ilegais: mentira! Deveriam estar gritando contra suas atuais e pretéritas diretorias que, esquecidas de seus Clubes, deixaram de lhes dar estrutura, deixaram de fazer investimentos (preferiram gastar em outdoor dizendo “shhhhhhhhhhhhhhhh” ou em treinadores espertalhões que vinham para cá ganhando os salários milionários do eixo Rio-São Paulo).

Se em 2007, o Couto Pereira, o Pinheirão ou uma das Vilas reunissem condições para receber a Copa de 2014 seriam, sim, os candidatos aos investimentos públicos e privados. Mas as referidas praças não tinham condições para tanto, por isso foram preteridas por critérios objetivos (falta de estrutura) e não por critérios subjetivos como sustentam alguns lobos em pele de cordeiro.

O Atlético Paranaense não foi escolhido por razões políticas. Foi escolhido porque era dono, em 2007, de uma das melhores praças esportivas da América Latina e, seguramente, era dono do melhor estádio do Estado do Paraná.

Estado do Paraná e Cidade de Curitiba que recebem e vão receber recursos do PAC da Copa. Estado do Paraná e Cidade de Curitiba que crescem e vão crescer por conta desses recursos diretos e dos recursos indiretos gerados pelo Mundial.

Mundial que terá como uma das Subsedes Curitiba, pois o Atlético DOS Paranaenses possuía um Estádio capaz de ser palco da Copa, porque o Atlético DOS Paranaenses assumiu o pesadíssimo encargo de dar à sua Praça condições de receber os jogos, porque o Clube Atlético Paranaense – tendo se preparado para o Século XXI ainda nos anos 90 do Século passado – anteviu um futuro que seus coirmãos não conseguiram antever, estes provavelmente cegos pela inveja e pelo autofagismo.

Consigne-se: NÃO HOUVE NENHUM PROJETO/EMPREENDIMENTO SÉRIO QUE SERVISSE DE ALTERNATIVA PARANAENSE/CURITIBANA À ARENA DA BAIXADA. E ainda que houvesse, custaria – seguramente – quatro/cinco vezes mais do que o orçamento requerido para a conclusão da Arena da Baixada. Os inimigos do Atlético se prestaram somente a obstaculizar a Arena da Baixada, mas nunca se preocuparam em garantir a Copa em solo paranaense. Agiram, portanto, sem o sentimento paranista de ver este Paraná progredindo, avançando, sendo protagonista. Mesquinhos, os inimigos do Clube Atlético Paranaense lançaram o Estado do Paraná e a Cidade de Curitiba à própria sorte, ou, por outra, a todo tipo de azar. Autofagistas, colocaram em xeque o crescimento do Estado e da Cidade. Na linguagem da bola: fizeram gol contra, jogaram contra o patrimônio!

Aos inimigos do Clube Atlético Paranaense fica uma ordem: lambam as suas feridas!

Aos Atleticanos ficam os pedidos: união em prol do Clube Atlético Paranaense, vigilância em tempo integral, amor, trabalho e fé.

A COPA DE 2014 SERÁ NA ARENA DA BAIXADA (gostem os “puros” ou não!).



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