Infelizmente o povo brasileiro não se importa se a saúde e a segurança pública do seu município estão bem ou mal.

Não se importa por ter de ficar horas em busca de um médico para aliviar a sua dor, e ter de voltar para casa sem resolver o mal que lhe aflige.

Não se importa por ser impossibilitado de fazer coisas banais por medo de ser assaltado em frente à sua casa. Nada disso tem valor.

O importante para ele é saber se o seu time se classificará bem ou não. Se o gol salvador vier aos 43 minutos do segundo tempo, aí então é que o mundo é genial e bem feito!

Não foi à toa que os generais brasileiro e argentino se deram bem com as conquistas das copas do mundo de 70 e 78, respectivamente. Nada disso tem valor se o seu time não estiver bem.

Faço essa crítica generalizada principalmente porque ela é muito mais dirigida a mim mesmo que aos demais.

A política e o futebol se entrelaçam na vida do povo sem que a maioria perceba a sutileza dessa troca injusta.

A moda agora é prejudicar a realização da Copa de 2014 na Arena. Essa onda caminha ao lado da vida política da nossa cidade.

Chego a rir em determinadas situações quando vejo santos do pau ôco investindo contra moinhos de aço bem estruturados, representados pela visão macro de quem quer sair da mesmice que assola a mente política da nossa aldeia para trazer-nos algo novo e diferente de tudo que já se viu anteriormente.

No entanto, esses mesmos santinhos hipócritas e farisáicos se calam diante das injustiças sociais da nossa cidade sorriso e de primeiro mundo. ET: cidade do sorriso amarelo e primeiro mundo dos bandidos da periferia.

Santa mediocridade!

O mesmo projeto que tanto defendemos nos trará benefícios enormes. As obras, custos, cronograma, execução, enfim, todo esse processo sofrerá fiscalização severa em todas as suas etapas. É justo. Assim deverá ser feito.

Nós precisamos de águias no Projeto Arena Fifa e não precisamos de corvos. Os políticos precisam honrar o que foi tratado. Eles encontram-se numa encruzilhada graças à hesitação e autofagismo dominantes: se correrem o bicho pega, e se ficarem o bicho come.

Eu só queria saber quem ficará com o mico nas mãos se o projeto desandar?

Também gostaria de saber quem ficaria contra a nação rubro-negra que acreditou nas palavras dos políticos?

Retornando aos arautos da desgraça, diria que não precisa ser muito inteligente para perceber que por trás desse ódio e ranzinice que determinados colunistas da imprensa verde têm contra o Projeto da Copa Arena Fifa esconde-se, de forma subreptícia, o sentimento primário que move o próprio ódio: a inveja!

Mafuz e Airton Cordeiro precisam se tratar com bons profissionais antes que esse sentimento destruidor corroa-lhes até o fim. A inveja e o ódio provocam cancer. É melhor prevenir que remediar!