Paradoxo
Escrevo esta à véspera do maior clássico do nosso pobre futebol paranaense.
Engraçado como a inspiração nos toma conta quando algo grande está a se aproximar…
As estatísticas estão aí para demostrar que o nosso Atlético e o Coritiba são quase iguais nos números, apesar de diferentes na essência.
Como a maioria sensata prevalece, em geral respeitamos o clube verde, e eles, por mais otimistas que sejam – e nas enquetes de alguns ervilháceos/alfacianos conhecidos – também não contam com vitória na primeira partida.
Certo…eles também querem vencer como nós, mas, em nome de nosso histórico ‘caseiro’, nos respeitam extremamente. Ninguém está se atrevendo a um placar tranquilo do lado de lá, tenho convicção.
Vamos sem Guerrón – também sem Harrison, talvez – o que é pena. Espero que nosso treinador uruguaio não nos pregue uma peça com algumas escalações ou mudanças insanas, como gosta tanto de promover.
E, se Carrasco o fizer, que possa surpreender o conservadorismo do técnico rival, mais afeito ao simples e funcional.
Aqui o evidenciado contraste entre um e outro personagem desta decisiva peleja, mais uma que certamente entrará para a história, e um dia, nossos filhos e netos estarão lendo.
Minha tese é de que um treinador de futebol, com plenos poderes e no gozo de sua sanidade mental, representa algo entre 20 a 30% da capacidade e produtividade de uma equipe de futebol.
Em nome disto, está na hora do nosso técnico mostrar que veio para fazer a diferença, conquistando uma vitória amanhã.
Isto fará o diferencial contundente entre ambos.