Estamos divididos entre os que acham que está tudo perdido e os que ainda dão um voto de confiança ao treinador e à diretoria.

Nos últimos cinco meses aplicamos mais goleadas que nos últimos 2 anos. Em 2011 fomos os únicos a perder pro Cascavel, que agora faz companhia ao paranito na série prata. Isso não consola nem a mim nem a ninguém, pois o gosto amargo de ter morrido na praia ainda persiste, mas não estamos perdidos de maneira alguma.

A grande diferença é a sensação de que o resto do ano não nos reserva grandes conquistas. Ainda em 2011, quando sequer houve final no paranaense, pensamos que tudo iria se acertar pro brasileirão, que tínhamos dinheiro em caixa e conseguiríamos montar um time decente a exemplo de 2010. Hoje, depois do patamar de conquistas a que chegamos na nossa história recente, olhamos pra conquista de uma série B com desdém.

Para meus camaradas rubro-negros, pessimistas ou não, reconheço que a alegria de conquistar a série B neste ano não será nem um décimo da que sentimos em 1995, e esse é o maior sinal de que não está tudo perdido.

Só o tempo irá dizer se a atual diretoria sabe o que está fazendo ou está metendo os pés pelas mãos, mas o futebol tem disso, ninguém diria em 1995 que seríamos campeões brasileiros em 6 anos, assim como ninguém diria que decairíamos tanto depois de 2005.

A tarefa é difícil. Todos reclamam da falta de centro-avante, com razão, mas quem consegue sugerir bons nomes que queiram jogar na segunda divisão ou em um dos estaduais mais desprestigiados do Brasil?

Nesse mesmo momento, torcedores do Cruzeiro, São Paulo e Grêmio também estão tentando entender como não conseguiram chegar sequer às finais dos estaduais, mas de quando em quando o futebol testa nossa raça, nossa fé em dias melhores e no futuro quero olhar para trás e lembrar que eu acreditei, e que depois da derrota no Valhacouto Pereira eu ajudei a lotar a Vila Capanema.

Ter raça pra continuar empurrando o time nessa segunda-feira amarga não é assinar atestado de tolice, continuaremos criticando quando necessário, mas além da morte, a única certeza nessa vida é torcer pro atlético. Nada nunca foi fácil pra nós, nunca mesmo.