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17 maio 2012 - 9h40

A questão dos ingressos: salvação ou tiro pela culatra

O texto escrito por Rogério Martin Benitez me traz aqui novamente para pensar e fazer a reflexão com torcedores, conselheiros, críticos, etc., sobre uma das situações mais críticas vivida pela CAP e sua torcida apaixonada. Não há escolha, o prejuízo no paranaense foi pequeno, coisas da rivalidade, pois o time iniciou uma longa caminhada rumo a ‘Volta a Série A’, o resto é lucro, oportunidade para se preparar e colocar um time competitivo na segundana que não é uma competição fácil. Um bom exemplo da dificuldade da Segundona são os jogos das quartas de final da Copa do Brasil, além do CAP, tem ainda o Goiás e o Vitória.

Mas o que mais prendeu minha atenção nas palavras do Rogério foi em relação ao preço dos ingressos (R$100,00). O grande plano para 2012, uma formula de obrigar o torcedor a se tornar sócio. Imagino que isso deve funcionar bem na Espanha, na Inglaterra, na Holanda, na Alemanha, onde a desigualdade social é mínima e o acesso aos estádios não colocaria em risco orçamento familiar. É conhecido pela grande maioria que a capital paranaense tem uma das melhores ‘renda per capita’ do país, mas não deixa de ser baixa, não deixa de se configurar dentro da realidade brasileira, diferente da europeia, mesmo em tempo de crise na Zona do Euro. Apostar na captação de sócios num ano sem estádio e disputando a série B parece uma estratégia muito arriscada da diretoria. Se a média de público do Campeonato Paranaense persistir na competição nacional de acesso à primeirona, teremos que ser fortes, pois a desvalorização do CAP será uma questão de tempo, os veículos de comunicação vão usar isso contra o Atlético, também vai interferir no rendimento dos jogadores, afinal de contas a torcida representa o 12º jogador. Que a valorização dos ingressos aconteçam no paranaense de 2013, quando o Atlético terá um time de ‘Primeira’ e próximo de inaugurar um dos mais belos templos do futebol mundial.

Esse ano poderia ainda ser aproveitado para conquistar o torcedor que compra camisa, faz assinatura de TV a Cabo, que viaja à Curitiba para ficar próximo do CAP (conhecer a estrutura), por poucos mais inesquecíveis dias. Se na série B são 38 jogos e o CAP encontra-se momentaneamente sem estádio, porque não mandar 5 para Maringá (estádio Willie Davids) e 5 em Londrina (Estádio do Café) como uma ação de marketing esportivo, ou seja, uma ação de expansão da força de atuação do Furacão. Nessa perspectiva, seriam 28 jogos na capital e 10 no interior (cidades com grandes estádios).

Um clube gigante precisa muito mais do que um bom elenco e um estádio, na verdade, uma torcida gigante já é meio caminho andado para o clube ser também.



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