Tributo a Carrasco
O futebol, como todos sabem, tem memória muito curta. As manifestaçõwes de nossa crônica e torcida têm sido ácidas em relação ao atual treinador.
Também não acho que ele seja uma maravilha. Longe disso. Suas intervenções durante o jogo raramente me agradam.
Entretanto, por imperativo de justiça, temos de reconhecer que ele vem tirando leite de pedra. A grande maioria do elenco é composta por jogadores que estavam relegados a um terceiro plano e tiveram uma grande valorização decorrente das ações e coragem do treinador.
Vejamos o exemplo de Guerrón: contra a vontade de todos foi reintegrado sob vaias da torcida e hoje é a grande solução. Vários nomes foram relegados e ressucitados por Carrasco. Rodolfo, Cleberon, Foguinho, Héracles, Harrison, Edigar, Bruno Furlan, Bruno Costa, Taiberson, dentre outros.
Qual a valorização destes atletas, em menos de seis meses? Todos eram descartáveis, cogitados apenas para empréstimos para países sem qualquer tradição futebolística.
Quem foram os reforços que lhe foram dados pela diretoria? Os dois indicados por ele, Ligüera e Gabriel Marques, apesar de suas limitações, têm dado uma resposta razoável.
Não vamos queimar quem tem dado uma personalidade ao time, o que não víamos há longa data.
Todos nós sabemos que falta muito para termos um time competitivo e capaz de nos habilitar a voltar a série A, mas queimar o treinador no momento é uma tremenda injustiça.