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4 jun 2012 - 15h08

Equívocos na escalação. Até quando?

Mais uma vez o Atlético entra em campo mal escalado, e o treinador se obriga a corrigir o próprio erro. Assim como comentei no meu último texto do dia 29/05, o Carrasco conseguiu dar “uma cara de time” para o Atlético, em função do seu esquema ofensivo, sistema este responsável pelas melhores atuações em 2012, porém, somente quando escalou os jogadores apropriados para a função.

O que se viu na última partida contra o Barueri foi uma brincadeira de mau gosto, onde pra o primeiro tempo foram escalados três atacantes de área para compor o trio ofensivo, e sem características para jogarem pelas laterais, nada de produtivo foi criado. Assim como o setor de criação lento e inoperante na ligação, com o grande Paulo Baier e Ligüera, este último embora considere um bom jogador, há tempos está devendo, somando-se a isso a ineficácia na roubada de bola rápida, pois ambos não marcam. Além é claro das famosas, e em algumas situações necessárias improvisações do nosso treinador.

Tendo no elenco jogadores como Taiberson, Bruno Furlan, Ricardinho e Edgar Junio (não cito Guerrón, pois não sei da sua real condição) como atacantes de velocidade e que produzem melhor pelo lado do campo, é inconcebível a escalação como se viu. Vejam, não quero dizer que todos são craques ou excelentes jogadores, mas são próprios para a função. Da mesma forma que Zezinho, com boa recuperação da bola no meio de campo e qualidade de passe, não poderia estar fora do time titular, para que Ligüera passasse 45 minutos se escondendo, o que vem se repetindo há alguns jogos. Ainda para o setor de criação temos o garoto Harrison, que infelizmente vem sendo mal aproveitado mesmo antes da cirurgia.

Todos os equívocos na escalação que há tempos estão sendo cometidos, me faz chegar a duas conclusões: ou o treinador está perdido com a quantidade de jogadores no elenco (eu disse quantidade e não qualidade, e aí incluo o time sub23), ou tem gente escalando o time para o Carrasco, pois são erros crassos difícil de aceitar de qualquer treinador. O seu discurso de ofensividade já era. Nas suas últimas declarações passou a considerar um empate fora de casa um bom resultado, que vindo do Carrasco, é possível concluir que dar chutões para o ataque será a tônica dos jogos, devido às recentes apresentações (vide o jogo com Palmeiras).

Graças ao Paulo Baier e as alterações no segundo tempo, o time conseguiu se impor ao adversário e vencer, mas poderia ter sido muito mais simples, sem vaias ou entrevistas magoadas. Não se pode mais justificar um mau desempenho – e aqui é importante separar o desempenho do resultado para uma análise, pois o resultado pode até garantir 3 pontos numa partida, mas um bom desempenho em sequência garante uma campanha e até títulos – em função do tempo para preparação da equipe e nem em função das limitações do elenco, pois embora escancaradas, não podem influenciar contra adversários como BOA e Barueri.



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