Retrocesso
Depois de muito tempo, esperava um momento bom do Atlético para voltar a escrever aqui, mas vi que isso está muito longe de acontecer, assim, criei coragem para falar nessa péssima fase mesmo.
Bom, o título do texto, resplandece na primeira afirmação do nosso novo treinador Ricardo Drubscky, depois do jogo do último sábado: ‘A gente enfrentou uma grande equipe’. Detalhe, ele se referia ao Goiás, em jogo válido pela segunda divisão do Campeonato Brasileiro, onde o resultado foi um empate sem gols. Pois é, pra quem viu um Furacão no topo das Américas há pouco tempo atrás – levando em conta os 88 anos de fundação do clube – detentor de uma das melhores estruturas físicas do Brasil e com uma das mais vibrantes e apaixonadas torcidas, parece cômico.
Se o Malucelli afundou o Atlético, o Patraglia o está mergulhando poço abaixo – uma derrota na próxima rodada que, francamente, é bem provável, estamos prestes a adentrar a zona de rebaixamento para a Série C. O que é isso? Uma piada de mau gosto? Um pesadelo? Não, estou certo de que é a dura realidade.
Alguns podem dizer: está tudo bem, estamos no início do campeonato, podemos nos recuperar. Eu respondo: esse filme já vi na primeira divisão, pontos agora ou nas últimas rodadas, tem exatamente o mesmo peso.
Outros podem concordar, o que seria chover no molhado, mas eu precisava desabafar. Não consigo definir em um adjetivo o que sinto nesse momento ao ver a situação do querido Furacão.
Talvez, seria oportuno, utilizar a memorável frase de Jofre Cabral e Silva no sentido mais puro e verdadeiro de seu pedido: ‘Não deixem morrer o meu Atlético!’.