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23 jun 2012 - 11h11

Nada me demove do amor que sinto pelo Atlético!

Não sou colunista, não sou conselheiro, não sou empresário de jogador, não sou advogado de Clubes: sou apenas um torcedor comum, Atleticano há 30 anos.

E como simples torcedor comum, escrevo minhas coluninhas há 8 anos, sempre com o intuito de ajudar o meu Atlético Paranaense. Ousadamente, sou um escritorzinho vagabundo no meio das feras da escrita que ocupam este site na condição de colunistas fixos ou de colaboradores do ‘Fala’.

Dou meus pitacos, faço minhas piadas, conto minhas histórias.

E sendo eu tão comum, fico surpreso com a repercussão de alguns textos que publico. Ora recebo elogios imerecidos que me deixam vermelho de vergonha (sou muito tímido, tímido mórbido); ora críticas ácidas, e por vezes mal-educadas, me deixam vermelho de raiva (sou muito brabo, brabo e temperamental. Tenho o gênio ruim, sangue quente de sírio, português e espanhol. Uma mistura de Roberto Requião com Mário Celso Petraglia).

E por conta desse meu temperamento – somado à mania de sempre falar a verdade, sem medo de agradar ou desagradar – acabo fazendo grandes amigos, alguns desafetos, acabo expulso de site, acabo arranjando encrencas em listas, etc., mas nada me demove do amor que sinto pelo Atlético.

Mas sou apenas um torcedor comum que só quer o bem do Clube Atlético Paranaense.

Aí hoje acessei este site, hábito de quase uma década, e fui ler as notícias, depois os colunistas fixos e, por fim, os colunistas do Fala.

Lá pelas tantas, deparei-me com o texto ‘Free Rafael’, de autoria do meu amigo Osman Caue Carvalho Jorge, grande Mestre de Geografia e de Atlético Paranaense, a quem tive a honra de conhecer em 2006, num Colégio cheio de alunos legais e cuja pedagoga de plantão era uma escrota, cobra, FDP (essa mania de falar a verdade ainda me mata!).

Pois li a coluna do Caue, verdadeira defesa deste pobre Rafael Lemos que vos escreve (verdadeira defesa do direito sagrado de livre expressão). A ele agradeço e retribuo dizendo que nossa amizade – ainda que bissexta, cheia de discussões e divergências e carente de uma boa cerveja há tempos – permanece firme, pois os grandes amigos me são valiosos demais.

Todavia confesso: a) textos escritos por amigos eu recebo com reservas, pois eles são sempre generosos; b) textos onde há críticas construtivas, recebo com alegria e redobrada atenção; c)textos onde as críticas são apenas bobagens e agressões baratas – desprovidas de verdade, sem lastro nos fatos, feitas por gente que nem sequer me conhece – eu não me dou nem o trabalho de ler até o final, tampouco de responder ao autor da ‘obra’.

Discordar de um colunista é coisa natural, mas a forma como expressamos nossa crítica é que são elas.

Dia desses o Dr. José Luiz Bertoli Neto discordou frontalmente de mim, mas o fez com tanta educação que mereceu meu costumeiro abraço.

Esses dias, porém, um torcedor-colunista, ao me criticar, pecou na forma, já que o conteúdo não pode ser censurado uma vez que é o sagrado direito da opinião. Respeito o conteúdo, mas lhe desaprovo a forma.

O colunista assacou contra mim o adjetivo ‘baba-ovo’ do Petraglia, expressão provavelmente pinçada por ele de uma das obras de Machado de Assis, dado o elevado valor lírico-semântico do termo.

Nunca neguei ser amigo do Presidente Mário Celso Petraglia, mas estou longe de merecer a pecha de baba-ovo, porque baba-ovo é o cara que só elogia, que adere a tudo, que não questiona. Não é o meu caso e vou ilustrar com o capítulo da Arena-Atletiba.

Durante uma reunião no escritório do Petraglia, isso em meados de 2009, nos foi apresentado pelo MCP o projeto da Nova Arena. À época, a realização do projeto se inclinava para um empreendimento em conjunto com o xoxa.

Assisti à apresentação e quando me foi dada a palavra disse ao Petraglia: sou contra e não vou apoiar esse consórcio Atleticano com os verdes. Disse mais: com os verdes, a única coisa que um Atleticano pode se permitir fazer é o Atletiba. E só e nada mais. As testemunhas do fato estão todas por aí, consultem-nas à vontade.

Do episódio retiro a conclusão: fosse eu um baba-ovo do Petraglia, teria saído por aí a escrever colunas em prol da Arena-Atletiba, mas nunca as escrevi, pois, há mais de 8 anos, em mais de 400 textos, sempre escrevi o que me parecia melhor para as coisas do Atlético.

Por óbvio não agradei a todos, mas tenho a certeza de nunca ter sido pautado, assim como posso garantir que nunca recebi dinheiros/favores/ordens de ninguém. Então a pecha de baba-ovo do Petraglia para mim não serve, embora me sirva, sim, a expressão amigo do Petraglia (como costumo dizer: amigo meu não tem defeito; e inimigo, se não tiver, eu ponho!).

Aí numa dessas coluninhas que escrevo, resolvi descer o sarrafo no Morro Garcia e o fiz com base no que vi dele com a Camisa do Atlético. Do que vi dele em campo não gostei de nada. Se ele atuou pouco ou bastante não sei. Para mim ele atuou o suficiente para eu considerá-lo um perna-de-pau. E ratifico o que disse, pois tenho o direito da livre expressão.

Ocorre que a maioria dos brasileiros tem grandes deficiências no quesito interpretação de texto e, por isso, alguns leitores – desatentos – fizeram com base no meu texto ‘Na outra encarnação, devo ter sido Adolf Hitler’ as piores interpretações e as ilações mais babacas (para usar o ‘belo’ termo do crítico que tirou da cartola o ‘baba-ovo’).

Em momento nenhum eu disse que o Morro Garcia seria a razão do atualmente fraco rendimento do Atlético dentro de campo. O que escrevi é que ‘um ano se passou – ou passaram-se 365 dias – e o que eu vejo? Os ervilhas, de novo, na decisão da Copa do Brasil e El Morro Garcia completando um aninho de Trétis, com a impressionante marca de dois gols assinalados, ambos contra o Botafogo dentro da Arena da Baixada!!!’

Menti? Não. Mera opinião de torcedor comum! Disse que o Morro não serve pro Atlético, pelo que mostrou até agora. Isso não quer dizer que – aqui ou fora -ele não possa vir a render alguma coisa. Mas eu não sou tarólogo para prever o futuro: eu escrevo sobre fatos concretos, sobre o passado e o presente.

Como disse – até agora, embora tenha disputado várias partidas – o Morro só decepcionou e consta que até contra times como o Grecal ele não conseguiu balançar as redes. Para que foi a maior contratação da História do futebol paranaense é muito pouco, é quase nada.

Disse, também, que não aceito o fato de os ervilhas – depois de estarem na lona em dezembro de 2009 – terem se recuperado a ponto de conquistarem o tri estadual e se qualificarem pra duas finais consecutivas da importantísima Copa do Brasil enquanto nós, que poderíamos, sim, estar nessas carne, estamos patinando há anos no cenário futebolístico nacional.

Menti? Não acho, não. Ao contrário, falei a verdade. A mais pura verdade. O duro é que o brasileiro no quesito interpretação de texto é ruim de doer (muitos fazem com os textos que leem o mesmo que o Morro faz com a bola).

Por fim, reforço: não sou colunista, não sou conselheiro, não sou empresário de jogador, não sou advogado de Clubes: sou apenas um torcedor comum, Atleticano há 30 anos, que vai continuar dando os seus pitacos em defesa do Atlético, assinando o que escreve (anonimato é coisa pra covardes ou pra ‘fakes’ e suas ‘redes sociais’, ou piás de prédio, etc.), sacaneando os ervilhas, sem babar o ovo de ninguém, sem me calar e sem baixar a bola.

Afinal de contas: tenho o gênio ruim e o sangue quente de sírio, português, espanhol e – sobretudo – ATLETICANO!

E como diz a TOF: FODA-SE QUEM NÃO GOSTA! (agora, sim, falei bonito!)



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