Como todos sabem, o Sr Petraglia foi o maior presidente que o Atlético já teve, conseguindo formar aquele timaço que tivemos no início deste século. E formou gastando pouco, mais por conta dos excelentes olheiros da época, do que por sua capacidade gestora, como se demonstra agora. Os olheiros (excelentes, repito), caçavam jogadores medíocres, em times idem, que chegavam no Atlético e, como num toque de Midas, viravam aqueles craques que conhecemos.

É verdade, também, que o Sr. Petraglia revela-se hoje o pior presidente que o Atlético já teve; obras, obras e obras ($$$$) e o time que se lixe, os torcedores que continuem, como diria Chico Buarque, andando de lado e olhando pro chão.

A derrocada começou com aquele time do Ney Franco; pegou um bando de jogadores medíocres, mas com dois grandes que eram a referência: o colombiano Ferreira, voando baixo na época e o Claiton que, se não era essa técnica toda, exercia uma liderança eficaz, fazendo um ótimo time.Liderávamos com folga o campeonato paranaense e tínhamos um time competitivo para o brasileirão que logo começaria. O que aconteceu então? a primeira proposta de times árabes ou japoneses, daquelas feitas na calada da noite, tirou os nossos dois principais jogadores. Aí veio o óbvio, perdemos o campeonato, o time desandou e meteu-se o pé na bunda do excelente Ney Franco, atirando-o, de bandeja, no colo dos coxas. Deu no que deu.

A partir dali, o cara que ameaçasse tornar-se um bom jogador era imediatamente vendido. Descobriu-se que aí estava uma ótima fonte de renda, não sei para quem. A política daquela época pra cá, passou a ser: no Atlético não se admite o craque, só outras drogas.

Portanto, de nada adiantaria contratar-se algo como Neymar ou Ganso, por exemplo, pois os mesmos seriam negociados com qualquer árabe em uma semana, ou mesmo trazer técnicos como Muricy, Tite, ou até mesmo o Guardiola. O que nós precisamos mesmo é de um presidente-gestor, como o grande Luiz Álvaro Ribeiro do Santos.