21 jul 2012 - 19h15

“O Vitória não é qualquer um”, afirma Jorginho

O técnico Jorginho concedeu entrevista coletiva depois da derrota do Atlético para o Vitória por 1 a 0 na tarde deste sábado no Estádio Caranguejão, em Paranaguá. Confira abaixo as principais declarações do treinador rubro-negro:

COMPENSAÇÃO
“Trocamos uma vitória na casa de um adversário como o Avaí, que tem força e tem crédito para subir, por uma derrota em casa. Infelizmente, para um time que consequentemente vai brigar para ser campeão e para subir. Então, foi uma troca uma pela outra, mas o importante é que não pode se abater. Tem que levantar e trabalhar bastante para os próximos dois jogos”.

CALMA
“Ela [a postura do time] não mudou. Acontece que nós enfrentamos outros adversários. Não foi o ABC, não foi o Avaí, foi o time do Vitória! Então, nós temos que ter um pouquinho de calma. Não aconteceu nada. Ninguém veio nos dizer que nós tínhamos que mudar quando nós ganhamos lá. Calma! Por que? Qualquer derrota vai ter que mudar tudo? O Atlético começou isso ano passado, ou uns anos atrás, trocando tudo a toda hora, montando time e nunca chegou. E olha o que está acontecendo, está aqui hoje, na Série B. Então, não é assim. Acho que tem de ter um pouquinho de calma, de tranquilidade. Entendo a chateação do torcedor, nós entendemos a mágoa que ele tem, mas não adianta. Se nós não pegarmos juntos e não trabalharmos…Nós não temos tempo nem de trabalhar, pô! Agora temos uma semana, mas também eu não posso sentar o trabalho direto neles, porque senão vai machucar mais gente, nós vamos perder. O Wellington machucou o tornozelo, e aí? O Paulo sentiu, o Renan sentiu, o próprio Harrison sentiu. Tem hora que tem muito atleta, tem hora que não tem nenhum. Por que? A pressão é grande, eles sabem disso. E quando dá uma relaxadinha pode ser que haja uma contusão. Então, tem que ter paciência”.

JOGOS DIFÍCEIS
“Não só o Guarani. Todos os jogos são muito difíceis, muito complicados. Temos que ter uma atenção e tentar sempre fazer o melhor. Muitas vezes infelizmente não vai acontecer, mas a dedicação, a vontade é essa”.

FORÇA DO ADVERSÁRIO
“O Vitória não é qualquer um. É que nós, brasileiros, somos assim. No Brasil, nós somos melhores que todos os outros do mundo. Nós não admitimos nunca perder nada. Nós somos melhores, mas ainda somos um país subdesenvolvido. Como é que você pode ser subdesenvolvido? ‘Ah, que no futebol…’. Não, cara! As pessoas estão crescendo. O Vitória está arrumando esse time desde o ano passado. Ele está terminando de arrumar um ou outro só. É um time que vem repetindo as mesmas escalações. Então, é difícil, é completamente diferente da situação do Atlético, que já vem mudando de time há muito tempo. Nós temos que ter um pouco de tranquilidade”.

TORCIDA
“Eu entendo o torcedor, não tiro a razão dele. É que tem uns poucos que influenciam. Nós somos seres humanos! É o que eu falo: tem hora no futebol que a pressão é tanta que, poxa vida, as pessoas muitas vezes não suportam. Então, foram atletas aqui que eu citei vários, que a torcida pegou no pé e eles hoje em um time são campeões da Libertadores, cara! Então, quer dizer: não poderiam estar aqui? Não poderiam estar dando um lucro maior para o Atlético, uma alegria maior para o torcedor? Poderiam. Mas nós entendemos a paciência deles, agradecemos o incentivo que eles nos deram, a maioria nos deu. Dos 4 mil, teve 100 pessoas que eram contra, mas o restante era todo a nosso favor, gritou. Depois que acabou o jogo, tem o direito de vaiar, isso é normal. Mas enquanto foi o jogo a maioria aplaudiu, deu forças. Acabou o jogo, a maioria deu força, a maioria aplaudiu. Então, quer dizer, eles sabem que nós estamos lutando para conseguir honrar a camisa do time deles”.



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