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11 ago 2012 - 11h47

Clube Atlético Paranaense x Combate Barreirinha

A imagem absurda me é recorrente. A kombi do Combate Barreirinha para¹ na frente do Estádio Joaquim Américo e dela desce um amador qualquer.

Toca o interfone e quer saber se o Atlético Paranaense está. Como a resposta é afirmativa, o visitante se apresenta: ‘Aqui é o Combate Barreirinha. Abra o portão que nós queremos jogar contra você, Atlético!’.

Do outro lado da linha, o Atlético Paranaense pergunta: ‘Você é quem? O Combate Barreirinha? Mas você é amador! Você não está no meu nível! Não vou jogar contra você!’

Ultrajado, o Combate esbraveja ao interfone: ‘Tá com medo, Atlético? Não vai jogar comigo pois tem medo de perder? Abre aí que eu entro agora, jogo e ganho. De goleada!’.

Aí o Atlético Paranaense, sem alterar a voz, manda o Combate Barreirinha procurar a turma dele (Urano, Santa Quitéria, Coritiba, etc.), desliga e vai tratar dos assuntos importantes que lhe tocam, assuntos de time grande, coisas de profissional.

Mais ultrajado ainda, o Combate Barreirinha picha os muros da Baixada, urina na calçada, xinga o Atlético e sai acreditando que só não foi enfrentado pelo Atlético Paranaense por medo. Entra na kombi e volta cheio de si para a Barreirinha, acreditando que o Clube Atlético Paranaense – por medo! – não quis enfrentar o fortíssimo Combate!

Cheio de si, o Combate Barreirinha sai acreditando que só não foi enfrentado pelo Atlético Paranaense por medo, por covardia. Inútil será a tentativa de explicar ao Combate Barreirinha que ele não tem o mesmo nível/grandeza/história do Atlético Paranaense.

E o jogo que para o Combate Barreirinha seria o maior acontecimento de sua vida para o Clube Atlético Paranaense seria uma disputa patética, sem propósito e na qual ele – Atlético – só teria a perder.

Acho que é por isso que esse jogo nunca aconteceu e se um dia acontecer terá caráter amistoso. São grandezas, são histórias, são forças diametralmente opostas.

E disse isso tudo para lhes confidenciar que diariamente me chegam inúmeros e-mails tendo como assunto principal o Atlético Paranaense. Alguns deles com ‘denúncias’: ‘Rafael Lemos², olha o que o fulano escreveu contra você! Olha o que o beltrano escreveu de você! Olha a opinião da sicrana a seu respeito!’.

Às vezes me dou o trabalho de ler (marionete, baba-ovo, puxa-saco, comprado, vendido, cooptado, idólatra, etc.) e aí me vem a imagem absurda e recorrente do Combate Barreirinha indo bater à porta do Atlético Paranaense para lhe propor duelo.

E em seguida outra imagem não menos absurda.

Toca o interfone. ‘O Rafael Lemos está?’. Como a resposta é afirmativa, os visitantes se apresentam: ‘Aqui é o fulano, o beltrano, a sicrana. Abra o portão que nós queremos jogar contra você, seu Rafael Lemos, mas com coluna no lugar da bola!’.

Do outro lado da linha, o tal de Rafael Lemos³, ainda que amador e sempre aprendiz, pergunta: ‘Vocês são quem? Nunca ouvi falar de vocês! Ou melhor, até li umas poucas colunas e achei muito fraquinhas, cheias de erros de Português, de lugares-comuns, de agressões gratuitas e sem provas!’

Ultrajados, os visitantes esbravejam ao interfone: ‘Tá com medo, seu Rafael Lemos? Não vai jogar conosco? Tem medo de perder?’.

Então o Rafael Lemos desliga e vai tratar dos assuntos importantes que lhe tocam, assuntos de gente grande, coisas de profissional (os prazos do escritório, por exemplo, que lhe tomam 12 horas diárias de trabalho e mais 12 durante os finais de semana. Não dá nem tempo de escrever colunas! Advogado que trabalha não tem tempo nem para almoçar, infelizmente).

Mais ultrajados ainda, os detratores xingam o Rafael Lemos e saem acreditando que só não foram enfrentados por medo.

Inútil será para o Rafael Lemos a tentativa de explicar que eles não têm – em se tratando de colunas, esteja claro – o mesmo nível…

Que acreditem que é medo quando, na verdade, é absoluto desprezo!

¹ Ficou uma merda escrever ‘para’ verbo depois da Reforma;

² Cabotino, não; mas é que, em matéria de colunas, depois de ter escrito POR AMOR AO CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE – GRATUITA E LIVREMENTE – mais de 400 (163 como colunista deste Site, mais umas 130 neste ‘Fala, Atleticano’ e pelo menos outras 150 em Sites e Blogs extintos e/ou dispersos pela Grande Rede), sinto-me, com justa razão, como o Clube Atlético Paranaense diante do Combate Barreirinha. Quando sou citado/ofendido/provocado/desafiado/ironizado/cobrado por uma meia dúzia que, sem me conhecer, ainda nem sequer escreveu sua primeira centena de colunas, chego a dar risada. Certamente vou deixar esses principiantes falando sozinhos: o combate ficaria lindo para eles, e feio demais para mim!;

³ Escrevi boa parte do texto na 3ª pessoa para fins literários (e pra tirar uma onda de Pelé! Entende?).

P.S.: Dedico esta coluna ao Amigo Eduardo Pacheco de Carvalho, baita colunista e meu camarada há tempos, embora na maioria do tempo a gente veja o Atlético Paranaense sob ângulos/lentes diferentes. As grandes ideias se chocam; os grandes homens, não! Obrigado pela amizade, seu lazarento!



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