Quando a torcida começa se empolgar e retomar a confiança; quando a esperança de voltar à Série A agita-se no peito, eis que a realidade parece insistir em desmentir e dissolver a miragem. Se contra o Joinville foi tolerável ver o time empatar ‘em seus domínios’ mesmo o adversário atuando inferiorizado no número de atletas em campo desde o primeiro tempo, ontem nada conforta ou disfarça a má jornada que nos privou de preciosos dois pontos na luta empreendida.

Apesar do que diz o técnico nas entrevistas, estou achando-o medroso na escalação. Insistir com o Marcão isolado sem ninguém mais como alternativa para chegar ao gol adversário é mostra da preocupação em se defender, inclusive o emprego dele.

O CAP foi extremamente tímido ontem à noite, principalmente no primeiro tempo para quem almeja alguma coisa mais do que só ‘encostar’ no G4. Tem que ter mais ousadia. Apesar da inequívoca reação do Ipatinga nas últimas rodadas do campeonato, a verdade é que não se pode enfrentar um adversário desse quilate como fizemos ontem. Não temos tanto tempo assim e nem muitas chances também. Vitória e Criciúma praticamente já meteram a mão em duas das quatro vagas e uma terceira pode ser encaminhada hoje pelo Joinville. Sobrará uma para vários candidatos.

Posso respeitar o Drubski quando deixa de escalar o Linguera e mantém o Felipe e o Henrique que tem um papel tático importante. Respeito quando ele saca o Elias do time, uma, duas vezes e na outra deixa-o também no banco, mas o Marcao sozinho de atacante não dá.

Mesmo com as limitações do Marcelo, tem que ter mais gente com mais familiaridade com as redes adversárias. Gastar a bola com toques improdutivos – e ontem até isso fizemos pouco pois o Ipatinga, no primeiro tempo, teve 60% de posse de bola, não nos levará às vitórias tão essenciais neste momento do campeonato. O Drubski ainda precisa dizer a que veio – ou ficou.

Quanto ao Marcão, dizer o quê? Seria a maldição dos artilheiros rubro negros? Olha o Bruno Mineiro na Portuguesa! Ou ele acerta pés e cabeça contra o Boa ou terá que amargar a justa reprovação da torcida expressada em vaias no Janguito na terça-feira.