Escrevo ainda sob a forte emoção de ter sabido do falecimento do amado Lauro Rego Barros por esse meio de comunicação. Perdoem-se se utilizo da via incorreta, mas o legado do Sr. Lauro Rego Barros me é tão caro e grande, que precisava manifestar-me.

Hoje o mundo está mais pobre, o Furacão então, está praticamente órfão.

Vivi o orgulho de ser sobrinho-neto de Lauro Rego Barros, o que coloca-me em uma posição confortável de distanciamento para comentar sua grandeza, pois usufrui, ainda que em menor escala, os prazeres do parentesco, e pude absorver, nos poucos, mas felizes momentos em que passamos juntos, a maturidade e pujança do exemplo.

Lauro Rego Barros se foi, e com ele a certeza que o esporte pode ser vívido com ética, com respeito. Que um clube de futebol não se reveste de negócios mas sim de paixão, doação, amor. Que a relação com os adversários não deve ser de ódio, mas sim de desportividade. Foi-se o senhor que deveria servir de exemplo aos atuais dirigentes, torcedores, homens públicos e seres humananos. Foi-se um homem feliz e vencedor, meu querido Tio Lauro, mas não se foi seu exemplo. Tomara que o mundo ainda tenha olhos para enxergá-lo, como eu tive a graça de ter. Quem conviveu com Lauro Rego Barros, não passou imune.

Descanse em paz enquanto ficamos com a saudade.