Minha namorada e futura esposa coxa-branca vem me dizendo que não sei responder precisamente qual a situação do Atlético nessa maldita segundona. Tudo isso porque, quando questionado, explico que estar em 5º lugar nessa competição significa um nada muito grande. Digo a ela que era preciso estar em primeiro, ou sempre entre os três primeiros, pra que valesse alguma coisa disputar esse certame. Droga, não deveríamos estar jogando isso!!

Esses dias de segunda divisão têm sido difíceis. E mais difíceis ainda são as picuinhas políticas envolvendo o CAP e que volta e meia pululam nas páginas esportivas dos grandes (sic) jornais do estado.

Às vezes gostaria de ter a inocência dela quando o assunto é futebol: daí então eu não perderia o sono com essas coisas, não ficaria com dor de estômago ao ouvir a transmissão radiofônica do jogo do Furacão frente ao ABC e não esquentaria a cabeça ao ler que não foi o Atlético, mas sim o ‘xoxa’ a ter o primeiro atleta negro da história do futebol paranaense.

Mas depois de passada a angústia, a raiva e toda dor danada em ver o Furacão na segunda divisão, eu me apego ainda mais ao Rubro-negro paranaense e me planejo para, enfim, dar uma enforcada no trabalho (impossível) ou nos compromissos familiares (ainda bem que meu cunhado é atleticano) para ver o Furacão jogar. No próximo jogo ao sábado eu vou, nem que o jogo seja de manhã.