Agonia e êxtase
A volta
Amigos desde o último sábado o Furacão está de volta a série A do Campeonato Brasileiro. Não digo que voltou a chamada elite, pois dela nunca saiu, todos sabem que há apenas poucos clubes do Brasil fazem parte dela, independente de estarem ou não na série A.
A elite
Então o que caracteriza a elite? Torcida, títulos, o craque? Não, certamente não. Ser elite é uma dádiva que já nasce com os ‘GIGANTES’, é a capacidade de se reerguer a cada batalha perdida, é saber que a inveja sempre tentará contra nos, mas triunfaremos; é trazer o maior evento do planeta e todos os benefícios para Curitiba, mesmo sabendo que o próprio invejoso será beneficiado; é colocar sua terra natal no mapa da história; é mostrar ao adversário que este ainda que na série A , não passa de um coadjuvante do Furacão, pois nossa passagem pela série B foi como um dos Doze trabalhos de Hércules, onde cortamos a ‘cabeça da Meduza ” certamente surgirão outras cabeças, enquanto ‘eles’ abriam a caixa de Pandóra com todas a suas maldades jogadas contra nos , mas ficou a esperança e dela nos alimentaremos sempre.
Agonia e êxtase
Da agonia ao êxtase está foi sempre a nossa trajetória. E não poderia ser diferente nos 90 minutos do jogo de sábado que, sem duvida, foi o resumo de nossa história; nosso êxodo , a luta, a raça, determinação, sangue, suor e lagrimas . Fomos do céu ao inferno , passamos pelo purgatório, nossa pressão subiu, subia a minha, a sua e a do presidente; tinha gente roendo os próprios cotovelos ,ouvia se o ranger de dentes; e confesso que fiz coro com toda a Nação Rubro Negra quando aquela bola ia entrar , todos gritamos uníssonos aquele:
-NÃO!!! … E foi o suficiente pra nosso guerreiro Cleberson , já não bastasse o gol ,salvar o ano. Ela, a bola não entrou, jamais entraria.
Nesse momento mágico , as frações de segundos entre o chute do atacante e a cabeça de Cleberson, foi aí que o tempo parou e um filme passou por nossas cabeças mostrando grandeza do Furacão ; a velha Baixada das quartas a tarde; o jejum de títulos; os campeonatos que ganhamos; o exílio do Pinheirão ; o gol de Manguinha; os 3 gols de Dirceu em 90 ; a construção do Farinhacão; a Arena ; a Copa Libertadores que nos garfaram ; Campeão de 2001;, vice 2004; os ataques de parte da imprensa local e do Brasil; o fechar de portas de nossos pobres rivais; o carangueijão. Cada atleticano com seu filme e uma lembrança.
Como diria o filosofo Nietzsche: – O que não me mata, torna me mais forte!
Essa é a grandeza, esse é o Furacão!