Mar vermelho
Este mar vermelho de pessoas conjuradas, num mesmo ideal, num só passo;
Com um só sentimento, um mesmo ideal a alcançar: a grandeza Olímpica.
Caminham juntas, braços cerrados, ombro a ombro, sem esmorecer, sem chorar.
Sempre avante, o caminho a percorrer, a tarefa a realizar; com o inimigo não tergiversar.
Este é o meu povo, atlético, que ao inimigo não teme custe o que custar!
Seu brasão rubro-negro, de tradição profunda, não se entrega, mas se alegra feliz
conclamado a ir pra frente e, ao inimigo atacar, não pensa, não titubeia, vai pra cima
e põe pra correr, contra o afrontoso, não tem olé, olé, não tem olê, olê.
A bola corre solta sobre a grama seca ou molhada, a raça é a mesma, não foge da parada.
Se precisa fazer falta, não se avexa, põe o braço, põe a canela, divide sem receio,
Joga como macho, e em tudo põe a garra; vem correndo da defesa, se infiltra por entre os zagueiros, salta mais alto, e cabeceia a pelota para o fundo das redes, e, de consolo, aplaude o goleiro.
E no fim do jogo, faz a volta olímpica no arredor do campo, erguendo a taça bem alto e oferecendo-a à torcida,
Gritando com felicidade, é campeão, é campeão!
E campeão para sempre será.
Este é o meu time, que rompe as folhas das gramas verdes com os pinos das chuteiras,
Que dribla e desconcerta o jogador adversário, mas tudo sem perder o elegante fair play;
Que dá o driblão da vaca, da caneta, lambreta e marca gol de placa, arrancando aplausos no corta-luz, até dos adversários.
Este é o meu time que, eventualmente caiu para a série B, não por desonra, mas circunstâncias menos favoráveis da etapa, mas que ali não faz o ninho, porque sua vocação é a de vencedor
Obstinado.
Viva! Viva! Clube Atlético Paranaense, que voltou para Série A, e vai fazer sucesso, para a sua querida torcida, voltar a alegrar!