Por que os times do Rio Grande do Sul, leia-se Internacional e Grêmio, apresentam invejáveis retrospectos de títulos, dispõem de um quadro associativo de fazer inveja aos grandes do Rio-SP e possuem maravilhosos estádios de futebol, sendo que o Grêmio inaugurou sua belíssima Arena sem que fossem questionados valores, meios, etc.? Não houve obstáculos por parte do Inter, de seus torcedores e muito menos comentários desairosos e desastrados tais como acompanhamos de nosso rival recentemente.

O motivo de tamanha desproporcionalidade de condutas está baseada no comportamento atávico dos representantes paranaenses (leia-se povo paranaense), comparando-nos aos gaúchos.

Acostumados a disputas históricas, Revolução Farroupilha, Revolução Federalista, Revolução de 1923 (ou Segunda Revolução Federalista), os gaúchos se uniram fraternalmente, em que pese o antigo ódio entre republicanos e maragatos, formando uma frente única para apoiar Getulio Vargas na disputa com Julio Prestes pela Presidência da República.

Nós paranaenses nunca tivemos este espírito de empreendedorismo, tradição e desprendimento buscando objetivos grandiosos, ao contrário, nos comportamos de maneira provinciana e anacrônica.

Em todos os setores a autofagia é reinante. Quem se destaca, não importa qual o setor e objetivos, é logo podado, prejudicado e desestimulado. Até na política temos empecilhos barrando o progresso de nosso Estado, vide o acontecimento recente no Senado Federal.

Não vejo saída a curto prazo. Trata-se de problema axiológico e se não mudarmos nossos comportamentos continuaremos caminhando à margem dos grandes clubes brasileiros.

Um grande abraço a todos amigos rubro-negros com votos de Feliz Natal e um ano de 2013 com muita esperança e a certeza de que em breve estaremos todos juntos na nova Arena da Baixada, quando então partiremos para as grandes conquistas.