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27 dez 2012 - 19h07

Breve analogia sobre a Copa em Curitiba

Era uma vez, em um reino distante, uma cidade chamada Coré-Etuba. Era uma cidade grande, mas de pouca visibilidade para a corte do rei.

Até que um dia o rei resolveu sediar os torneios entre reinos do próximo ano nos seus domínios.

Todas as cidades daquele reino ficaram em polvorosa para receber os campeões de cada império em suas estalagens. E em Coré-Etuba não foi diferente, pois possuía duas grandes estalagens. Porém apenas uma estalagem se prontificou a se adequar as exigências do Rei e receber os cavaleiros. Era a estalagem Furacão Campeão, que ficava localizada ao lado do Rio das Águas Verdes.

O gerente da estalagem Furacão Campeão chamado sir Pet, homem visionário e de reconhecida índole, logo vislumbrou as vantagens de ser uma das sedes do torneio, visto que as cidades escolhidas receberiam vultuosas somas em dinheiro à serem aplicadas na infra estrutura local, trazendo modernidade e crescimento aquelas longícuas paragens e beneficiando a todos os seus moradores.

No entanto, a outra estalagem, o Golfinho Esverdeado, não ficou nem um pouco satisfeita com a escolha da Furacão Campeão. Seu Virso, dono desta pousada, além de não querer participar do torneio, não concordou que a estalagem de sir Pet recebesse dinheiro da Coroa e melhorasse as suas instalações.

Sir Pet tentou negociar com seu Virso o aluguel de alguns quartos da Golfinho Esverdeado para acomodar os moradores da Furacão Campeão enquanto as obras estivessem ocorrendo, mas seu Virso foi implacável e respondeu não.

Sir Pet teve que acomodar seus inquilinos em outra estalagem menor, a Janguitão. Com isso houve a saída de alguns moradores, e concomitantemente a perda da receita. Mas em nenhum momento sir Pet desistiu, acreditando fielmente nas vantagens para a Cidade e seus moradores.

Houve discussão entre os moradores da Golfinho Esverdeado, pois eles queriam as mesmas vantagens da Furacão Campeão, mesmo sem ser sede, e seu Virso não teve outra opção a não ser ser começar a bater de frente com os políticos locais, se colocando contra aquele torneio. Pra quê eles precisavam destes jogos. Tudo estava indo tão bem por ali. Não havia a necessidade de ter todo este movimento e gasto, justamente neste momento em que a sua estalagem estava conseguindo mais moradores, ameaçando a liderança da Furacão Campeão. Inclusive ele havia conseguido contratar o jardineiro Alex Soneca, que deixaria os jardins da Golfinho Esverdeado mais lindos do que nunca.

Políticos ligados a seu Virso tentaram complicar os repasses de dinheiro do Rei, acusando sir Pet de ter comprado as cadeiras do refeitório por um valor acima do mercado local, e pior: da marcenaria do seu filho.

Houve fiscalização e inquérito, mas nada foi descoberto. Até um grande jornal, ligado a seu Virso, tentou aumentar o tumulto com matérias de duplo sentido e reportagens que blasfemavam contra a Furacão Campeão, tendo a ajuda de colunistas mal intencionados. Porém nada disso deu certo. Os moradores que tinham negócios em Coré-Etuba concordavam que aquele torneio traria crescimento a sua cidade e a eles próprios.

Seu Virso tentou outra cartada. Para tentar desviar a atenção dos seus moradores, idealizou uma cobertura para a lavanderia da sua estalagem. Desde a sua inauguração, esta área estava incompleta, e agora seria o momento de fazer esta obra. Seria um lugar VIP, onde os moradores poderiam ter ampla visibilidade da floresta, e sem pontos cegos.

Até colocou uma placa na frente dizendo: “Feito com recursos próprios”. Mas nada disso deu resultado, porque o que os moradores queriam era uma nova estalagem, como a Furacão Campeão, pois a Golfinho Esverdeado já apresentava rachaduras e o cheiro de urina estava cada vez pior.

O tempo passou e chegou o grande dia do Torneio. A Furacão Campeão estava terminada e como era bonita. A cidade respirava o torneio e o mundo inteiro pode acompanhar os jogos. A cidade de Coré-Etuba agora era uma referência nacional e
todos os negociantes estavam satisfeitos com os lucros.

Todos, menos seu Virso, que acabou reconhecendo que agiu errado. Hoje ele lamenta diariamente sua decisão inicial, pois está em uma cidade onde todos lucraram menos a sua estalagem, que está com os dias contados, caindo aos pedaços.



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