Bem Paraná

O uruguaio Liguera é o único estrangeiro do elenco do Atlético. Entre 2005 e 2012, o clube sempre teve pelo menos dois “gringos” no grupo principal. Desde 2003, quando iniciou a Era dos Pontos Corridos, apenas em 2004 a equipe principal foi formada 100% por brasileiros em todas as partidas oficiais da temporada.

Nos últimos dez anos, o Atlético utilizou 20 estrangeiros em competições oficiais: o equatoriano Guerrón, os argentinos Nieto e Javier Toledo, os uruguaios Ligüera, Morro García e Pezzolano, os colombianos Ferreira, Vanegas, Valencia, Viáfara, Dayro Moreno, Serna, Herrera, Marín e Montoya (goleiro naturalizado argentino), os paraguaios Ivan Gonzalez e Julio dos Santos, o peruano Lobatón e o panamenho Baloy, além do atacante Kamali, dos Emirados Árabes. No mesmo período, o clube teve também dois técnicos estrangeiros: o uruguaio Juan Ramón Carrasco e o alemão Lothar Matthaus.

Se continuar com esse elenco até o Brasileirão, o Atlético ficará abaixo da média nacional. Na edição de 2012, a competição teve 53 estrangeiros, uma média de 2,6 “gringos” por equipe.

A invasão de forasteiros foi intensificada com a valorização do Real, no final dos anos 90, e ainda mais no início dos anos 2000, com o crescimento de vários setores da economia brasileira. Hoje, o Brasileirão é o campeonato com a maior média salarial da América do Sul, atraindo os destaques dos países vizinhos.

O regulamento geral das competições da CBF estabelece o limite de três estrangeiros por equipe por partida. Não há limite por elenco.

No Brasileirão 2012, os gringos que mais jogaram foram os argentinos, com 22 atletas, seguidos pelos uruguaios, com seis, e os paraguaios, com cinco.

O Atlético oficializou ontem a rescisão contratual com o argentino Nieto, que desde a semana passada já era divulgado como reforço do Deportivo Quito, do Equador.