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31 jan 2013 - 15h14

O que deseja Petraglia?

Pessoas que participaram de reuniões recentes com Mário Petraglia me contaram que os planos dele são: terminar a Arena da Baixada como estádio de Primeiro Mundo (e coberto), transformar o clube e o time para padrões internacionais e passar a cobrar de 150 a 210 reais mensais de cada um dos mais de 40 mil sócios com cadeira na Arena que ele objetiva ter. Para isso, este tem uma estratégia traçada, comentou um diretor do clube (que prefere não se identificar) e não arredará pé um milímetro desta estratégia, assim como das ações de transformação objetivadas..Concluo que o péssimo tratamento dado aos sócios – que eram mais de 22 mil no final do ano retrasado – deva ser proposital, com o time jogando em Paranaguá e no acanhado estádio do J. Malucelli (liberado para 6 mil torcedores, em dias de jogos contra times de Curitiba).

Hoje, fontes oficiais relatam 14 mil associados, ainda. Mas só 6 mil cabem no tal do Ecoestádio, o que deixa 8 mil associados sem acesso ao campo de jogo – e sem sem acesso à transmissão pela TV aberta e por assinatura (porque o presidente não aceitou um verba de 1,1 milhão de reais ofertada pela RPC/Globo e mais um valor não revelado pelo o pay-per-view…só sei que outro clube de Curitiba já recebeu 1,8 milhão de reais pelas transmissões para a TV gratuita e paga). Fora os sócios, a grande massa de mais de 1,2 milhão de torcedores atleticanos está impedida de ver os jogos no estádio e na TV. Além do fato amplamente noticiado de que o clube só libera informações pelo site oficial, com a devida censura prévia. Nenhum(a) jornalista tem acesso aos treinos, aos jogadores, ao CT, à comissão técnica e dirigentes durante a semana e nem antes, no intervalo e depois dos jogos – o que é um absurdo (que só tem um acontecimento pior, que foi uma simulação de Entrevista Coletiva feita só com funcionários do Atlético, sem convidar ninguém da Imprensa local, estadual, nacional ou mundial). Todos os jornalistas são canalhas, para a direção atleticana (que tenta passar esta impressão para a torcida e o pior que muita gente acredita nesta hipótese canalha).

Quem critica é anti-atleticano, como se não fosse anti-atleticano transformar o Atlético no mais antipático clube do Brasil. Sem a divulgação pela Imprensa, os jogadores não são valorizados, o estádio não lota, não se vendem produtos oficiais e nenhum patrocinador inteligente vai querer sua marca numa camisa que não é mostrada pela TV.A motivação desta estratégia de comunicação é incompreensível. Jamais bons profissionais de Assessoria de Imprensa ou de Relações Públicas se submeteriam a este processo de censura, admitido só em sociedades dominadas por ditadores, como na Coréia do Norte, Cuba, Venezuela, China e nas antigas Alemanha nazista, Itália fascista e União Soviética comunista.

Deixar a torcida sem informação, sem o contraditório, sem a opinião dos analistas/comentaristas, sem a informação dos repórteres é uma estratégia de altíssimo risco, como é a de colocar propositadamente o terceiro time em campo (Sub-23), enquanto os mais de 22 jogadores fazem uma pré-temporada mais longa e no exterior, disputando um torneio em Marbella, na Espanha, onde o primeiro jogo será contra um time búlgaro de uma cidadezinha com 50 mil habitantes. Um adversário por certo temível e de alto padrão para enfrentar o Furacão… No sábado, encontrei três jogadores do time principal, num açougue, e na conversa disse a eles que se perderem para o Ludogoretz Razgrad vão apanhar de mim, de cinta. Eles riram, mas não sabiam da cidade de 50 mil pessoas, de onde vem o primeiro adversário atleticano no torneio (o qual tem um prêmio de 34 mil reais para o campeão….algo mais de 32 vezes menor do que o 1,1 milhão de reais proposto pela RPC/Globo).

O Atlético de Petraglia briga com a a RPC/Globo, a Gazeta do Povo, a Tribuna e todas as rádios que transmitem futebol em Curitiba. Trata como picaretas todos os jornalistas locais e da mídia nacional. Trata como cidadãos de segunda classe os seus sócios. E trata como de quinta categoria os seus torcedores. Sonegando a todos as informações e opiniões do dia-a-dia. O que ele objetiva? Creio que é o desapontamento – com um time fraco e que não vai empolgar no campeonato estadual, com estádio que não comporta todos os seus sócios (o que é uma obrigação contratual entre o clube os os associados em dia com suas mensalidades), com o veto à divulgação pela Imprensa de tudo que acontece no clube, e com a liberação de informação só pelo site oficial. Desapontados, os sócios teriam uma maior propensão a parar de pagar as suas mensalidades, deixando de ser sócios, deixando de ter voto nas futuras eleições e tenho que se reassociar nos padrões de preços triplicados ou quase que ele quer impor com a nova Arena e um prometido time poderoso.

Difícil crer, pois hoje mesmo o Atlético Paranaense tem mais de 80 jogadores profissionais em seu elenco. Dava para negociar 2/3 desses jogadores, pagando o triplo para um time de muito maior qualidade técnica. Estou equivocado? Lamento chegar a esta conclusão, mesmo reconhecendo a importante contribuição de Petraglia ao clube (que, na verdade, ele deveria compartilhar com outros dirigentes que também carregaram o piano na transformação ocorrida, mas que são apagados da história do clube). Claro que 40 mil sócios a 210 reais mensais é melhor do que a 70 reais por mês.Mas há que se discutir a validade ética deste comportamento, como pressão psicológica que leva à desilusão com o time e ao não-pagamento das mensalidades, perdendo a qualificação de sócio do clube. Contratos devem ser respeitados e o Atlético só não está jogando no estádio do Paraná por puro desinteresse do Petraglia em acertar o aluguel, num pacote para o ano todo.

Os sócios do Atlético, todos eles, não merecem tratamento honesto, igualitário e com respeito aos contratos existentes? Claro que sim e é por isso que devem se mobilizar (sem deixar de pagar em hipótese alguma). Só assim defenderão seus direitos de seus contratos de associação e enfrentarão este estado absurdo de coisas.



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