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19 fev 2013 - 17h04

Atletibas de superação

Neste fim de semana tem ATLEtiba e este grupo do sub 23 pode fazer historia tirando do rival a possibilidade de ser campeão do primeiro turno. Será um ATLEtiba de superação, pois todos já conhecemos o famoso planejamento.

Gostaria que fosse ministrada uma palestras aos jovens jogadores narrando a historia de 1933, o ATLEtiba da gripe, jogo este que nos caracterizou como TIME da RAÇA, vangloriando o nosso manto rubro-negro. Escutei muitas historias deste jogo narradas por Caju, “A Majestade do Arco”, e é de emocionar, de arrepiar. Que se leve Sicupira e Nilson Borges para a concentração e que estes ídolos contem o que foi o ATLEtiba de 1971, em que perdíamos por 2×0, Nilson perde um pênalti e mesmo assim viramos para 4×2.Cresci ouvindo a historia deste espetáculo contada por minha avó e suas sobrinhas.

Presenciei alguns ATLEtibas de superação de nossa parte, em que o favoritismo era todo do rival e acabamos vencendo. Jamais me esquecerei de 1980, na Baixada Velha com os famosos tijolinhos, amargávamos um grande jejum de vitorias e de talentos, depois de dezesseis anos se voltou a ter um clássico no antigo Joaquim Américo para que pudéssemos equiparar as forças, e deu Sarandi 1×0 na saída do goleiro Moreira. Este foi o primeiro ATLEtiba que vi uma vitoria nossa. Em 1981 não tínhamos jogadores de grife e o adversário veio para o estadual cheio de estrelas, trouxeram um goleiro boliviano chamado Gimenez, este goleiro na eliminatória para a Copa de 82 só não fez chover, vários times brasileiros tentaram contratá-lo, mas ele priorizou Curitiba, pois fazia o curso de odontologia e arrumaram uma transferência para ele. Tomou tanto frango no estadual que tinha até uma piada de que ele mandou o irmão gêmeo para os coxas para estudar odontologia enquanto ficava em La Paz. Os coxinhas também tinham Capitão e Bozó vindos do Guarani campeão brasileiro de 1978 e outros medalhões. Ganhamos de 1×0, gol de Gilson no fim da partida, este ATLEtiba também me marcou porque acho que foi o único que vi o Atlético jogar todo de branco. Em 1985, nosso rival todo cheio de marra por ser campeão brasileiro num regulamento que não deveria ser levado a sério, “único campeão negativo da historia”, chegou querendo ser o sono do pedaço e perdeu dois ATLEtiba quase que seguidos no Pinheirão, 1×0 e 2×1 com show da nova versão do casal 20 formados agora por Aguinaldo e Dicão, e com Índio batendo pênalti para fora do gol de Marolla. Estes dois jogos impulsionaram nossa campanha pera sermos de novo campeões do estado e participar da vergonheira do jogo das faixas com outra vitória nossa. Já em 1989 nosso time era um remendo e eles rodeados de craques, Tostão, Oswaldo,Serginho, Carlos Alberto Dias; mas nenhum foi capaz de segurar um petardo de Cambé do meio da rua em que Toinho nem viu a cor da bola 2×1. Já em 1990 não ganhamos os jogos, (há se aquela bola do Gilberto Costa tivesse entrado no final), mas pelo regulamento fomos campeões com dois empates e aquele golaço antológico de Berg. Seguindo em 1992, vi dois jogadores surgindo no ATLÉTICO, Leomar e Alex Lopes, num 3×1 no Esgoto Pereira. Neste tempo o Atlético se reestruturava enquanto que os coxinhas desmoronavam. Quase que no fim do nacional de 2003, jogo na Arena em que inexplicavelmente os coxinhas estavam em cima da tabela brigando por vaga na Libertadores, e nos na parte intermediaria da tabela reformulando o time para o grande ano que se seguiria em 2004. Novamente acharam que naquela partida garantiriam sua vaga para a Libertadores, e com dois gols de Ilan 2×0, adiamos seus objetivos para a ultima rodada. Em 2005,o Atlético estava focado na Libertadores e na sexta rodada tínhamos apenas um ponto, ATLEtiba na Arena, time quase que todo reserva e as coxinhas brigando até então pela liderança. Com um gol de Evandro vencemos o jogo. Só para constatar no jogo da volta 2×1 no Esgoto Pereira , Lima e Paulo André, jogo que marcou a derrocada coxa para a segundona onde permaneceu por lá “DOIS ANOS” e voltou para segunda novamente após um ano na primeira protagonizando a maior baixaria do futebol mundial envergonhando o pais da Copa. E por fim 2011 o Atlético virtualmente rebaixado depois de seguidos erros de arbitragem, (aquele pênalti inexistente no Lanzini ao fim do jogo contra o Fluminense, e o impedimento mal marcado que fez com que Paulo Baier não pudesse fazer o gol contra o Cruzeiro). Com um gol de Guerrón tiramos o gosto das paquitas de participar de Libertadores, a luta continua. De conseguir passar da primeira fase, esta é a meta da coxarada.

Desejo que no fim de semana este time sub 23 entre com a faca nos dentes e com os olhos cheios de raça para ser lembrado como mais um ATLEtibas de superação, e que no futuro todos se lembrem deste jogo.Boa sorte a todos.



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