21 fev 2013 - 22h46

A inspiração de 2005

O passado é um aliado do Atlético para a disputa do clássico Atletiba deste domingo (24), pela 10ª rodada do primeiro turno do Campeonato Paranaense. Assim como este ano, em 2005 o Furacão entrou em campo com um time reserva contra os titulares alviverdes e há oito anos o Rubro-Negro levou a melhor e venceu o rival por 1 a 0, gol do meia Evandro, em jogo disputado na Arena com direito a arquibancadas tubulares no estádio.

Além do confronto entre reservas atleticanos contra titulares coxa-brancas, mais uma coincidência marca o reencontro dos clubes este ano. O diretor de futebol do Atlético, Antônio Lopes, era o treinador do clube no clássico de 2005 e poderá ajudar a passar essa experiência aos jovens do Sub-23 atleticano. “A preleção do Lopão (Antônio Lopes) foi tranquila, deixou a gente bem a vontade na época porque o objetivo, querendo ou não, era a Libertadores (o Atlético disputava a final do torneio e, por isso, jogou com um time reserva no clássico válido pelo Brasileiro). Tanto que mesmo sendo um Atletiba não foi aquela euforia por parte dele e de sua preleção, talvez isso nos ajudou a entrar tão leves na partida”, lembrou o meia Rodriguinho, que disputou aquele clássico e deu o passe para o gol de Evandro.

Quem também esteve em campo naquele 10 de julho de 2005 foi o zagueiro Paulo André, atual campeão Mundial pelo Corinthians. Segundo ele, o fato de jogar com um time reserva leva o favoritismo e a pressão para o outro lado, o que pode ser um fator benéfico. “É muito difícil (jogar com um time reserva), mas a pressão e a responsabilidade viram-se contra a equipe rival, já que sua torcida não aceitará uma derrota. Saber usar isso pode fazer toda a diferença”, receitou o zagueiro, em entrevista exclusiva à Furacao.com, lembrando que fazia a sua estreia na Arena naquele jogo.

Segundo ele, o fator vontade pode ser um diferencial para se vencer um clássico mesmo quando se opta por não utilizar a formação principal para o jogo. “A entrega dos atletas e a vontade de disputar cada lance como se fosse o último. Superamos a equipe adversária na raça”, comentou Paulo André.

Rodriguinho destacou também a importância do apoio da torcida para superar em campo este obstáculo. “A torcida também fez a diferença. Lembro que eu era um dos mais empolgados e soltos em campo, porque além de poder jogar mais um Atletiba, e eu já tinha experiência no clássico, contava com apoio dos meus familiares, já que minha mãe, meu irmão Paulo, a minha esposa Cláudia e meu empresário também estavam nas arquibancadas. Quando a torcida grita ‘atirei o pau nos coxas’ é de arrepiar até hoje, não é possível não correr em um clássico quando a Fanáticos canta essa homenagem aos coxas”, diz. O jogador também esteve presente na final da Copa Sesquicentenário, em 2003, quando mais uma vez os reservas atleticanos superaram os titulares do Coritiba e conquistaram o torneio.

O recado dos ex-jogadores

Com a bagagem de muitos Atletibas no currículo, a Furacao.com pediu a Paulo André e Rodriguinho que enviassem um recado aos jogadores do Sub-23 do Atlético para o jogo deste domingo. Confira as mensagens:

“Que eles (atletas) encarem o jogo como uma grande oportunidade de jogar bem pois é só isso que eles podem controlar, o resultado e um espaço no time de cima serão consequência disso”. Paulo André, zagueiro

“Com a experiência que adquiri digo aos jogadores que entrarem primeiramente com sangue nos olhos, mas relaxados, e mandarem a responsabilidade para o outro lado. Respeitarem a tradição desse lindo clássico, mas saibam se impor e saibam que esse jogo é um dos maiores e mais disputados clássicos do nosso país. Além de tudo vocês defendem o Furacão da Baixada, campeão Brasileiro! Sorte e Deus abençoe”. Rodriguinho, meia

Reservas vencedores

Relembre as reportagens da Furacao.com sobre os jogos em que o time de reservas do Atlético superou o favoritismo e o time principal do Coritiba:

2005: Time reserva entuba o Coxa

2003: Título inédito e único, na galeria atleticana



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