O vácuo atleticano
Vivo a história do Atlético há mais ou menos 23 anos. Lembro de quase tudo a partir de 1990.
Tudo era muito suado, as grandes vitórias vinham da força da nossa gente guerreira e da nossa camisa, tínhamos isso e nada mais.
Em resumo, éramos um clube sem grandes perspectivas, até a Páscoa de 1995.
Pois bem, estive em 1995 no Couto Pereira, naquele histórico 5×1, que embora naquele momento não soubesse, era um dos dias mais felizes da história do Atlético, e nenhum Atleticano que se goste, pode deixar de agradecer, sempre que possível aos Coxas, por essa grande força que nos foi dada, ao passo que se fosse 2×1, apenas, não sei se a nossa história teria tomado o rumo que tomou.
Daí, vieram os anos dourados, 1995 a 2005. A partir de 2006, como todos sabem, todos os Atleticanos sem exceção, concordam, tivemos uma fase de decadência técnica.
Apenas para ilustrar, recordei de um e.mail que recebi, pelos idos de 2009, que trazia algumas comparações, geniais, de times brasileiros com bandas. As melhores são: Grêmio=Sepultura, um de nossos sucessos internacionais, mas na terra do molejo e do samba faceiro, muitos acham que eles pegam pesado demais; Palmeiras = Aerosmith, A banda tem enorme tempo de estrada. Mas suas músicas só atingem o estrelato, quando faz alguma parceria; Coritiba = Banda Blitz & Ewandro Mesquita, Um raro sucesso nos anos 80, que seus fãs ainda cantam nos dias atuais, por falta de outras músicas boas; e Atlético = AMY WINEHOUSE, Já foi muito badalada, e considerada a estrela mais promissora dos últimos tempos, Mas atualmente, é boçal, desperta ódio em todos e está pra morrer a qualquer momento.
Acabamos sendo rebaixados, no mesmo ano da morte de AMY WINEHOUSE, 2011. Entretanto, ao contrario da cantora que infelizmente, não pode voltar a viver, o Atlético voltou em 2012.
Voltando ao tema do presente texto, para mais uma vez confirmar, temos a carta de nosso presidente datada de 22.02.2013, que no início tenta justificar as polêmicas medidas de relacionamento com a impressa ao aduzir: No início deste ano, adotamos uma Política de Comunicação inovadora no Clube Atlético Paranaense. Recebi de um dos nossos conselheiros, Dr. Nelson Rosário de Souza, Doutor em Sociologia, uma excelente análise sobre a nossa política e o relacionamento com os veículos de comunicação. Este espaço da Palavra do Presidente é destinado a minha opinião, aos meus pensamentos. Compartilho os mesmos pensamentos e argumentos do Dr. Nelson Rosário sobre este assunto e, desta maneira, neste momento cedo este espaço para publicar a sua análise. Boa leitura.
Entendo que o problema que ocorre no Atlético, desde algum tempo é que, os grandes objetivos inovadores em todos os setores do clube, criou um vácuo institucional gigantesco. E é nesse, que talvez nos encontremos desde 2006, numa outra entrevista do Petraglia, ano passado que não queria ser campeão brasileiro, pois já havia conquistado, queria ser campeão mundial, essa mentalidade que cria o vácuo.
O vácuo reverbera no futebol, em si, principalmente. Garotos que são ceifados antes de jogarem direito pelo profissional, jogadores experientes que não conseguem se firmar, técnicos que não conseguem se firmar, entendo que 90% dos jogadores que estiveram no Atlético de 2006 pra cá não se firmaram.
Na minha humilde opinião, acredito que antes de pensarmos em sermos campeões do MUNDO, acho que seria interessante olhar aqui pro nosso umbigo e vencer o Coritiba, antes demais nada, ser campeão estadual por consequência, mas não sei se o vácuo institucional vai deixar isso acontecer tão cedo, só espero que o vácuo não nos leve a resultados ruins, nos campeonatos para os quais o nosso time principal tanto está se preparando.
E o fim do Vácuo? Talvez com o término da baixada, sem que outras grandes inovações não sejam criadas em detrimento do tão desejado feijão com arroz dentro de campo.
Mas vamos acreditar, que o vácuo esteja acabando esse ano, a partir de abril, pois, no paranaense já temos o nosso destino, torcer para o LONDRINA.
Saudações Rubro-Negras.