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6 mar 2013 - 8h30

A primeira namoradinha

A primeira namorada séria a gente nunca esquece. É aquela a quem você entrega seu coração e ela atende de braços abertos, nem é tão bonita, está em desenvolvimento ainda, mas é carinhosa, apela para o sentimentalismo para te fisgar, mesmo não sendo ‘tudo isso’. O tempo passa e o relacionamento se desenvolve, ambos amadurecem e aí começam as ‘grandes’ disparidades. Você está do mesmo jeito, grudado nela sempre, a sua vida é ela, enquanto a mesma está estudando, está crescendo como pessoa e às vezes não é mais aquela pessoa de antigamente.

Agora ela está mais bonita, mais confiante, sabe o que quer fazer, ela gosta de você, mas não liga 5 vezes por dia, nem fica mandando mensagens românticas, nem fica tão grudada em você mais. Ela te ama, mas percebe que além de você existe um mundo gigantesco e que ela precisa se mover junto a ele para não ser pisoteada.

Você, como um ‘fanático’ por ela não aceita isso, afinal você não evoluiu junto, você ficou para trás. Aí começam as brigas, as intrigas, mesmo ela afirmando que está fazendo essas coisas pensando somente como casal, como futuro dos dois. Quando ela está perto de você é uma beleza, mas quando sai você pensa em traição, em conspiração, em descaso com você. Você acha que não é mais o centro das atenções dela e por isso começa até a ouvir a vizinha invejosa sobre as ‘verídicas fofocas da dita cuja’. A coisa só piora se você começa a lembrar daquela noite inesquecível que ela deu para você e quantas noites inesquecíveis ela não poderia dar se quisesse.

Você só pensa em você e é só superficial, não pensa na profundidade das ações dela, você não gosta dela mais, não raciocina e começa a desenvolver um tipo de ódio sádico, gostaria de vê-la junto a outra pessoa, um mau caráter de preferência para que ela sofra, ao mesmo tempo em que você sofre o dobro. Até que um dia acaba e você realmente percebe que tinha uma preciosidade em suas mãos. São fatos da vida que fazem a gente amadurecer intelectualmente e no sentimental também.

Os torcedores atleticanos atualmente se comportam exatamente assim, são irracionais apaixonados. Acham que só porque tal ação foi executada é porque a gestão esta contra o torcedor. Devemos ponderar exatamente o que queremos, se é esse tipo de sentimento, louco e imaturo que queremos ter com nosso time. Se queremos continuar a pisar nele para termos ‘valor’ como torcida ou andarmos lado a lado.

No fim de tudo veremos realmente quem cresceu, amadureceu e realmente tem seu valor, muitos abandonarão, mas essa mulher chamada CAP que consideramos ingrata, ainda vai nos dar muitas alegrias.

Para finalizar, um ato de amor e reflexão em uma letra de um pagode famoso:

‘Deixa acontecer naturalmente.
Eu não quero ver você chorar.
Deixa que o amor encontre a gente.
Nosso caso vai eternizar.’



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