12 mar 2013 - 9h24

Bola parada vira salvação do time Sub-23

O time Sub-23 do Atlético depende mais da bola parada do que a equipe principal, comandada pelo técnico Ricardo Drubscky. No Campeonato Paranaense 2013, o elenco do treinador Arthur Bernardes marcou seis gols em lances de bola parada, o que representa 40% do total de 15 gols. Foram três gols de pênalti, dois em cruzamentos de faltas e um em cobrança de escanteio. Na vitória por 2 a 1 contra o Rio Branco, no domingo, os dois gols saíram em lances desse tipo.

Na Série B do Campeonato Brasileiro, o Atlético pouco dependeu desse tipo de jogada para vencer. Dos 65 gols marcados nas 38 rodadas, apenas 11 foram em escanteios, faltas e pênaltis, ou seja, somente 17% do total. No Campeonato Paranaense, a equipe de Juan Ramón Carrasco foi mais eficiente nesse tipo de lance, com 16 gols, ou 30% do total de 54 gols.

O time Sub-23 poderia ter ampliado sua estatística ofensiva se o atacante Ricardinho tivesse convertido a cobrança de pênalti contra o Arapongas. Foi a única penalidade desperdiçada em 2013. As outras três foram convertidas por Harrison (duas) e Zezinho (uma).

A equipe de Arthur Bernardes também é mais vulnerável aos lances de bola parada. Em 2013, já sofreu seis gols dessa maneira – 50% do total de 12 gols contra. Foram dois gols de pênalti, três após escanteios e um em cruzamento e de falta. O time da Série B de 2012 era mais eficiente ao defender esse tipo de jogada, levando apenas 13 gols dessa forma – ou 35% de um total de 37. A equipe do Paranaense 2012 sofreu três gols de bola parada — 18% do total de 17.

No aspecto ofensivo, o destaque nas finalizações de bolas paradas é o zagueiro Bruno Costa, com dois gols aproveitando cruzamentos (um de falta e outro de escanteio). As três assistências de bola parada foram de três jogadores diferentes: Marcos Guilherme, Renato e Zezinho.

As estatísticas mostram a dificuldade do time de Arthur Bernardes em atacar com a bola rolando. O Sub-23 tem usado um modelo de jogo pouco dinâmico, que depende excessivamente de jogadas individuais do quarteto ofensivo e raramente conta com o apoio ofensivo dos volantes e laterais. Dependente dos dribles dos atacantes e meias, a equipe vem conquistando faltas, pênaltis e escanteios perto da área adversária, o que explica o número de gols em bolas paradas.

Já a equipe de Drubscky se destaca pelo estilo dinâmico, com trocas de posições, laterais ofensivos, volantes atacando com freqüência e forte pressão na saída de bola do adversário. Com toques rápidos e jogadas bem treinadas, o time principal é mais criativo com a bola rolando e depende menos dos dribles.

Em 2012, o Atlético de Drubscky teve média de 1,92 gols marcados por jogo. No Paranaense, o Sub-23 tem uma média de 1,25 gols por partida.

Reportagem de autoria do jornalista Silvio Rauth Filho, publicada originalmente no Jornal do Estado



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