2 abr 2013 - 14h15

Petraglia defende o retorno da Copa Sul-Minas

O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, afirmou que é favorável à retomada da Copa Sul-Minas, competição regional disputada entre equipes de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais.

Crítico ferrenho dos campeonatos estaduais, Petraglia foi um dos precursores das Ligas Regionais, que surgiram com força no Brasil no início da década passada, mas deixaram de ser disputadas por questões políticas. Em 2013, o Campeonato do Nordeste voltou a ser disputado, com grande sucesso de público.

"Por que que agora a Copa do Nordeste ficou tão evidente? Porque é a única. Sabe como eles conseguiram? Na Justiça! Foi ordem judicial, senão não estariam jogando. A nossa liga acabou e nós fomos, de certa forma, covardes e não fomos à frente brigando. Os nordestinos, não. Eles são mais valentes do que nós. Eles foram para o pau, enfrentaram a Globo, enfrentaram a CBF, enfrentaram todas as forças deste país e conseguiram vencer. Então, por isso está aí o sucesso", afirmou Petraglia em entrevista à Rádio CAP.

A Sul-Minas teve apenas três edições (2000, 2001 e 2002), todas vencidas por clubes mineiros. O Paraná Clube foi terceiro colocado em 2000, Coritiba e Atlético foram vice-campeões nas edições subsequentes.

"Nós temos que retomar a Copa Sul-Minas. Eu não sou favorável só à Copa Sul. Por que nós vamos abrir mão da força do futebol mineiro? Para que eles se juntem a Rio e São Paulo e façam o triângulo das Bermudas mais forte ainda contra nós? Vamos trazê-los. É uma força a mais", explicou o presidente atleticano.

Futebol brasileiro

Na mesma entrevista, Mario Celso Petraglia teceu duras críticas à gestão do futebol brasileiro. Na visão dele, há mudanças que precisam ser efetivadas e muitas delas ocorrerão em função da Copa do Mundo de 2014. Contudo, as modificações mais radicais só ocorrerão caso a Seleção Brasileira não conquiste o título.

"O futebol brasileiro tem que ser revisto como um todo. Não é só o seu calendário. É a legislação, o problema dos direitos federativos, dos direitos econômicos, virou um balcão de negócios, os clubes estão reféns. Tudo isso tem que mudar de forma geral e irrestrita", observou.

Mesmo tendo restrições aos Campeonatos Estaduais, o dirigente defendeu a continuidade da competição, mas nos moldes em que o Atlético adotou nesta temporada: participando com o time Sub-23.

"Enquanto não houver uma reforma total do calendário, não precisamos acabar com o Estadual. Joguemos o ano inteiro, e o Atlético jogará com o Sub-23. Vendemos para a televisão e como o Atlético Paranaense e outros dois estarão jogando a Sul-Minas, poderemos toda a televisão do Paranaense ser dividida em cotas iguais. Então, temos muitas coisas a fazer e a evoluir", encerrou.



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