5 abr 2013 - 9h54

Mérida briga pela vaga mais cobiçada do Atlético

Um vestibular com seis candidatos por vaga. Essa é a disputa pela camisa dez do Atlético em 2013. Pelas declarações e decisões do técnico Ricardo Drubscky, fica claro que Elias, Paulo Baier, Ligüera, Harrison, Zezinho e Fran Mérida lutarão por apenas uma vaga no time titular. Na filosofia de jogo do treinador, não há espaço para dois deles ao mesmo tempo, apenas em raras circunstâncias de jogo.

Drubscky deixou isso claro em 2012. Manteve sempre o esquema tático 4-2-3-1 nos 25 jogos que comandou o Atlético na Série B. Em 24 dessas partidas, usou apenas um meia-armador.

A única tentativa de encaixar dois jogadores com essas características aconteceu na 32ª rodada da Série B de 2012. Ele tentou usar Paulo Baier e Elias ao mesmo tempo. Elias foi deslocado para o lado esquerdo, na função que hoje é exercida por Everton. Não deu certo. No empate por 1 a 1 com o Guarani, ficou nítida a falta de velocidade e capacidade física de Elias para atuar pelo lado do campo. Com a bola, o Atlético era lento por aquele lado. Sem a bola, o lateral-direito do Guarani jogou com liberdade.

Na estreia na Copa do Brasil 2013, Drubscky usou Mérida como meia-armador centralizado, entrando no lugar de Elias, no 2º tempo. Antes do jogo, o técnico já havia explicado em entrevistas que o espanhol disputará essa posição, por não ter velocidade para atuar como meia-ofensivo pelo lado do campo – função exercida por Everton, Felipe ou Maranhão na esquerda. Do lado direito, o treinador tem usado jogadores mais agudos, com características de atacante, como Marcelo, Éderson e Ciro.

O favorito no vestibular, até agora, é Elias, 29 anos, que foi titular em 20 dos 26 jogos com Drubscky. Paulo Baier, 38 anos, só começou jogando em cinco partidas com o atual treinador. Outra a jogar nessa função com Drubscky foi Zezinho, que entrou como titular na 21ª rodada da Série B, contra o Ipatinga. Hoje, ele está no time sub-23, de Arthur Bernardes, que usa um 4-4-2 com dois armadores.

O uruguaio Martín Ligüera ainda não teve chance como titular com o atual treinador e só jogou como substituto – em seis partidas da segunda divisão nacional. Harrison, que hoje também está no sub-23, chegou a ser testado por Drubscky, mas com meia-ofensivo pela direita. Isso ocorreu na 6ª rodada da Série B – empate por 0 a 0 com o Goiás. O jogador teve fraco desempenho e mostrou fragilidade física para a função.

Com Drubscky, Baier e Ligüera chegaram a atuar como volantes em certos momentos, mas apenas por curtos períodos da partida, devido a circunstâncias especiais.

Reportagem de autoria do jornalista Silvio Rauth Filho, publicada originalmente no Jornal do Estado



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…