Dia do jornalista
Nestes tempos de brigas entre diretoria e imprensa, passa despercebida a data do dia 07, que é a data do jornalista. Profissionais que fizeram parte da história do futebol paranaense e que devem ser lembrados, se bons ou maus é outra questão, o que importa é que contribuíram pelo futebol de Curitiba.
O primeiro colunista que me lembro é Albeneir Amatuzzi, fanático atleticano que faleceu às vésperas do titulo de 82, tinha uma mensagem do céu no dia seguinte na Tribuna, Albeneir o que vai dar domingo? Furacão com certeza campeão de 82, a charge profetizava. Não se pode esquecer-se de Mafuz, que apesar de ser advogado de Evangelino, puxa saco de Alex e tripolar, sempre foi atleticano fanático lutando pelas coisas do Atlético. Tempos atrás Alci Vieira escreveu, “O Turquinho todo dia tem que escrever alguma coisa, por isso se contradiz”, o que é uma grande verdade.
A saudosa Soninha Nasser, que viveu numa época em que os espaços para as mulheres eram restritos no futebol e sempre com muito profissionalismo nem ligava se o jogador estava de cueca ou não, lá permanecia para entrevistar e dar informações à torcida atleticana; que bom que hoje existe uma homenagem a ela na sala de imprensa no CT que leva o seu nome.
Carneiro Neto eu seguia em toda parte, seja em qual rádio fosse, em sua coluna na Gazeta do Povo com suas metáforas, efabulativos e com o seu livro em parceria com Vinicius Coelho “ATLEtiba, A Paixão Das Multidões”. Carneiro Neto é fantástico, não o conheci pessoalmente, mas tive bons momentos de pescaria com o seu sogro, o Gino Deconto, que evitava falar do genro, mas quando cutucado sempre falava um pouco deste grande personagem da história do futebol paranaense. Tenho a certeza que se Carneiro Neto não decidisse ficar de pijamas no Paraná e fosse para outros centros não deixaria nada a desejar a Calazans, Apolinho, Juca Kfouri, Jose Trajano, entre outros.
Mas quero aqui prestar uma homenagem a um abnegado que neste mês se completa 30 anos de seu falecimento, Dirceu Graeser. Nunca soube para que time torcia, mas era um lutador pelas coisas paranaenses. Quem tem mais de 40 anos sabe do que eu estou falando, em uma época em que se existiam apenas 3 canais de televisão e que as emissoras eram vistas como inimigas do futebol e da rádio, ele com muita luta comandava um programa chamado “Viva o Futebol”, trazendo informações dos clubes através de um gol de pano de fundo, em que todos os participantes ficavam sentados fazendo os seus comentários. Faziam parte da mesa Claudio Cavalcante, Boris Musialolowski, Costa Lima – este cobrindo as coisas do Atlético – e Josias Lacour, mais Foguetinho. Eu contava os minutos para assistir este programa numa época de informações escassas. Trinta anos se passaram e graças a Deus existe uma homenagem a ele na Praça Osvaldo Cruz de maneira muito merecida. Tem um vídeo no youtube da simulação da entrada da entrada do programa http://www.youtube.com/watch?v=4zGgf5REc64.
“A todos vocês jornalistas sérios, o meu abraço e os meus respeitos.”