Monique Silva

Chegou a hora! Passados 143 dias desde o empate com o Paraná Clube, na última rodada da Série B de 2012, o Furacão volta a reencontrar a torcida atleticana em Curitiba. Os rubro-negros poderão ver um jogo da equipe principal do Atlético nesta quarta-feira (17), quando a equipe encara o Brasil de Pelotas, no Ecoestádio Janguito Malucelli, pela primeira fase da Copa do Brasil. Será o jogo de volta na competição após a vitória do time de Ricardo Drubscky no Rio Grande do Sul por 1 a 0.

São quatro meses e 20 dias longe da torcida rubro-negra, que promete incentivar o time atleticano durante os 90 minutos. Pelo menos é o que também espera o atacante Marcelo, em entrevista recente ao site oficial. “A saudade de estar diante deles, de ouvir aquelas vozes cantando e empurrando o nosso time é enorme. Mas, com certeza, na quarta-feira eles vão estar em peso, vão empurrar o nosso time do começo ao fim”, disse.

Do último jogo de 2012 para cá o Atlético fez vários amistosos, disputou e venceu a Marbella Cup, na Espanha, e se preparou diariamente no CT do Caju de olho na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. Enquanto isso, a equipe Sub-23, comandada por Arthur Bernardes, segue representando o clube no Campeonato Paranaense.

Para o oceanógrafo Erick Ducat a espera para ver o Furacão nesta quarta-feira tem um sabor especial. Seu último jogo nas arquibancadas foi o empate amargo com o América-RN, no dia 6 de novembro. Mas os poucos mais de cinco meses sem ver o Furacão de perto nem se comparam aos sete anos que torceu pelo Atlético “de longe”, período quando morou fora de Curitiba devido a trabalho e estudos. Voltou à capital paranaense, se associou e desde 2008 vive a rotina de embarcação em navios de pesquisa e perfuração para exploração de petróleo em sistema de escalas de 35×35 e 14×14 dias. Mas é claro, sem se desligar das notícias envolvendo o Furacão.

“Se não bastasse para este coração rubro-negro, o jogo decisivo contra o Paraná Clube acompanhei pelo Twitter, pois no navio não havia o sistema pay-per-view. Achei que poderíamos ter eliminado o segundo jogo, mas gostei da vitória porque eles precisarão jogar aqui em Curitiba, perto de nós, da torcida”, avalia. E Erick já deu a dica aos jogadores atleticanos: força e raça dentro de campo. “Queremos ver o Atlético jogando sempre pra cima, com força e raça em busca da vitória. E vou poder estar lá para ver meu Furacão vencer”, comemora.

O longo período de abstinência dos atleticanos foi um pouco amenizada com os jogos da garotada do Sub-23 nas partidas disputadas no Janguito. Na opinião do administrador Henrique Stockler, a equipe que estará em campo nesta quarta-feira em busca da classificação à próxima fase inspira confiança, mas necessita de reforços. “Pouco mudou desde o acesso no final do ano passado e, por isso, me passa certa confiança pelo fato de ter subido mesmo tendo disputado somente ‘um turno’ da Série B. Algumas peças interessantes foram contratadas, mas espero que reforcem a equipe com dois ou três atletas. Apesar da partida de estreia não ter sido brilhante, não fugiu muito do que o torcedor de bom senso deveria esperar, já que se tratava da primeira partida oficial do ano”, opinou.

O certo é que a longa espera do torcedor atleticano já tem dia e horário marcado: quarta-feira, às 19h30, no Janguito. Dia de matar a saudade do Atlético, vestir o manto sagrado e apoiar o Furacão em busca da classificação à próxima fase da Copa do Brasil.