O Fala, Atleticano é um canal de manifestação da torcida do Atlético. Os textos abaixo publicados foram escritos por torcedores rubro-negros e não representam necessariamente a opinião dos responsáveis pelo site. Os autores se responsabilizam pelos textos por eles assinados. Para colaborar com um texto, clique aqui e siga as instruções. Confira abaixo os textos dos torcedores rubro-negros:
28 abr 2013 - 18h29

1939 – 2013 – Coincidências e Comparações

O ano era 1939, dois sobrenomes (Gottardi e Cecatto) unidos por laços de família e uma paixão em comum, o Atlético. Por problemas com a diretoria que certamente eram ideológicos, pois nesta época o futebol era semi-amador, os jogadores que formavam o time principal do Atlético promoveram uma espécie de greve ou boicote e não disputaram o estadual em protesto. Caju, Cecatto, Cecattinho, Zinder , Naná e outros titulares, comandados pelo irmão de Caju, o ex-goleiro do Atlético Alberto Gottardi disputaram uma outra competição no estado, uma outra divisão. Nos livros o classificam como terceira divisão, mas creio que deveria ser uma espécie de liga ou um torneio, pois terceira divisão em 39 é meio estranho. Foram campeões deste torneio e este time ficou conhecido como “Atlético Extra”. Já no estadual da primeira divisão, com o time reserva não fomos campeões, ficamos em terceiro e nosso rival continuou a sequência de títulos que já vinham de quatro anos.

O ano é 2013, o time principal não disputa o estadual por questões financeiras e de prioridades, o elenco do Atlético formado por jogadores jovens disputará a final do campeonato com grandes chances de ser campeão sendo o franco atirador nas duas partidas. Que oportunidade única de se fazer uma grande historia. É interessante, duas épocas com 74 anos de diferença, mas com duas semelhanças; times alternativos e quebrar a sequência de títulos do rival. “Em 1939 quem entrou para a historia foi o “Atlético Extra”, e quem pode entrar em 2013 é o” Sub 23 – 1-2-3 do Sub 23”.

Caju e Cecattinho que foram citados na comparação dos anos de 1939 e 2013, eram cunhados, moravam na Água Verde, apaixonados pelo Atlético e suas famílias deram bons jogadores ao clube: Além dos dois podemos acrescentar Alberto, Rui, Celso, Alfredo, Cecatto, Cecattão. Cecattinho era meu vizinho de muro, sua esposa era irmã de minha avó e numa época em que a Brigadeiro Franco não tinha tanto movimento, os dois se sentavam algumas vezes na varanda da casa de Cecattinho depois da feira para conversar, e eu moleque às vezes ia lá para escutar as historias………….. – Certa vez em uma excursão ao Rio de Janeiro para jogar com o Botafogo de Heleno de Freitas na noite em que se inauguraram as luzes do estádio de General Severiano, Caju já veterano depois de servir a seleção, era o astro do time e estava no arco já Cecattinho não tanto conhecido e mais jovem, foi convidado após a partida para jogar num grande clube da então capital do Brasil. Neste jogo o Atlético tinha lépido ponta, não vou me lembrar do nome dele, que no jogo não conseguia correr, a bola era lançado para o atacante e nada de ele ir atrás da pelota, o jogador parecia estar pregado no chão. No intervalo ele foi questionado, o que está acontecendo? Cadê os piques? E ele disse, não to conseguindo, de manhã na hora de folga achei tão bonito o Cristo que subi e desci o morro do corcovado na corrida. Acabou o jogo 0X0, Caju fechou o gol e na bagagem veio o convite à Cecattinho, que ao comunicar a esposa da intenção de ir para o Rio, quase foi expulso de sua casa, a tia Esmeralda dizia: como você pode querer abandonar o Atlético falou primeiro, para depois citar a família e os filhos.

Caju foi um dos grandes jogadores de sua geração que não foram à uma Copa do Mundo por causa da segunda guerra mundial, de 1939 a 1949 não se teve a competição mundial. Se tivessem ocorrido as duas copas neste período, talvez o Brasil possuísse mais uma estrela com as defesas da MAJESTADE DO ARCO e o Atlético teria mais um jogador na sua galeria que atuando pelo clube seria campeão mundial igualmente a Kleberson. A propósito Kleberson disputou duas Copas do Mundo, em uma jogando efetivamente e sendo campeão do mundo como jogador do Atlético. Na Europa jogou no time mundialmente conhecido e vencedor, Manchester United.

O eterno ídolo do coxinha que está encerrando a sua carreira no falido clube, nunca disputou uma Copa do Mundo, na Europa esteve no Parma time intermediário do futebol italiano e não jogou, foi para a Turquia e fez um relativo sucesso e acham que foi o maximo, segundo eles o grande jogador da historia do futebol paranaense. Mas ficam as perguntas: Porque não disputou uma Copa sendo que o técnico era Felipão que o conhecia tão bem? Que titulo europeu o Fernerbahce ganhou? Que titulo importante tem a Turquia no cenário mundial? Ele foi ídolo num pais da Europa que representa futebolisticamente o que a Venezuela ou a Bolívia representam para os sul-americanos. Terminar a carreira perdendo o título para o sub 23 e ser rebaixado no ioiô coxa branca seria o êxtase da carreira do jogador soneca.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…