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7 maio 2013 - 8h28

O empate não foi ruim

Vão me chamar de louco por achar que o empate não foi ruim no primeiro Atletiba. Mas, para falar a verdade, vou escrever o que venho dizendo aos meus amigos atleticanos e coxas ao longo da semana: “acredito que o Atlético tem mais chances de sair campeão paranaense esse ano se apenas empatar o primeiro jogo”.

Disse isso aos amigos por duas razões: a primeira, porque não acreditava que o nosso Furacãozinho conseguisse enfiar uma goleada na coxarada nesse primeiro jogo, haja vista que depois do “salto quebrado”, eles viriam mais preocupados em se defender; e a segunda, porque acreditava, e ainda acredito, que uma vitória simples no primeiro jogo poderia contaminar a cabeça da comissão técnica, e até da piazada, de modo a fazer com que o time jogasse recuado, preocupando-se mais em se defender do que em atacar.

Então, falei a tais amigos que “preferia que esse primeiro jogo terminasse empatado”. Podem me chamar de louco, mas não me chamem de coxa ou de traíra, pois sou ATLETICANO mesmo! E não é que o jogo terminou empatado. Não merecíamos o empate, mas sim a vitória. Porém, tenho que esse resultado veio em momento muito oportuno, em especial por duas razões: a) uma possível colagem daquele “salto quebrado” de antes; b) pelas características do nosso time jogar.

Quanto à primeira, desde que o Atlético venceu o jogo do segundo turno, o quê mais escuto dos amigos coxas é a ladainha de que “iriam deixar o CAP chegar à final, que no estádio deles nunca perdem, que têm um time infinitamente mais qualificado, que o Alex vai arrebentar, blábláblá”, enfim, discursos muito parecidos quando das ocasiões das disputas das últimas partidas da Copa do Brasil de 2011 e 2012. Ou seja, uma autoconfiança cega. Podem falar que isso é coisa de torcedor, que os jogadores não pensam assim. No entanto, é normal que a torcida transmita aquilo que houve daqueles que a representam, como no nosso caso, os Atleticanos, que sabedores da inovação da diretoria e da pouca experiência de nossos jogadores, já temos estes como vencedores independentemente do resultado do próximo domingo, de modo que, acredito, ninguém irá desmerecer o esforço que essa gurizada está fazendo caso não consigam erguer o caneco. Assim, se nós Atleticanos acreditamos num certo favoritismo dos coxas nessa final, eles têm certeza absoluta de que serão campeões, ao menos externam isso em palavras (muito embora eu ache que eles não querem dar o braço a torcer e reconhecer que nosso time também é bom). Então, nesse contexto de excesso de confiança de diretoria/torcida, aliado à pressão que os jogadores do coxa devem estar sofrendo, acho que nossa piazada sai em vantagem.

Por outro lado, no que tange à segunda razão, e acho essa a mais importante, nunca acreditei que nossa equipe SUB-23 conseguisse jogar recuada, ou melhor, por um resultado de empate, “segurando o jogo”. Piá é piá, e piá gosta de fazer molecagem. Eles querem fazer gol, jogar bonito, driblar. Agora, imaginem se ganhassem ontem, possivelmente teríamos aquele cenário do Artur Bernardes falando para marcar em cima, não dar espaços e esperar a oportunidade do contra-ataque. PQP, que jogo feio seria! Cansei de ver nosso Furacão se ferrar por jogar recuado. Aí, bola aérea do Alex/Robinho na área, Pereira/Leandro/Deivid sobe e faz o gol. Ferrou, o nervosismo poderia tomar conta da gurizada. Mas, com o empate de ontem, a situação é outra, pois não tem como o Artur Bernardes segurar o time, uma vez que para sermos campeões temos que GANHAR O JOGO, e isso desde o primeiro minuto dessa segunda partida. Então, só há uma alternativa para nosso técnico, que é falar para o time fazer o que mais gosta, que é atacar, atacar e atacar. Além do goleiro, apenas 4 jogadores ficarão recuados, que serão os dois zagueiros, um dos laterais e o Foguinho que deverá marcar o Alex. Ponto final. O restante da galera vai atacar o coxa, e no campo deles, na frente da torcida deles. O gramado será melhor não só pro coxa, mas também pro Furacão, e nossa piazada, além de driblar bem, também corre muito e toca bem a bola. A questão é: é melhor ter 90 minutos para fazer o placar ou sei lá quantos para tentar empatar depois de ter tomado o tento? Sei lá o que vocês pensam, mas sempre achei que a melhor defesa é o ataque.

Logicamente que há a possibilidade de levarmos um gol antes de fazermos, mas daí a situação praticamente se equivaleria àquela de uma vitória simples nossa, com a diferença que ao invés de um gol, precisaríamos de dois, sendo que se acontecer isso, é tudo ou nada na base da pressão. Por isso, prefiro ir jogar já sabendo que tenho que ganhar, e também que repito: o empate de ontem não foi ruim. Eu confio que nossa piazada pode sim erguer o caneco no estádio do rival.

Saudações rubro-negras!



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