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27 maio 2013 - 13h29

Ricardo Drubscky

Cinco meses de trabalho e não temos um padrão de jogo, mesmo jogando fora de casa não poderíamos perder da maneira como ocorreu a derrota para o time reserva do adversário.

É visível que Ricardo Drubscky tenta implantar o esquema de três linhas compactadas, mas a única linha que ele consegue acertar é a linha do goleiro. Foram tantas as jogadas de profundidade sobre as linhas atleticanas que no momento em que se enfrentar um adversário mais qualificado o estrago poderá ser grande. Ricardo Drubscky está parecendo o Adilson Batista, que deslumbrado com o Barcelona e vendo o goleiro Valdés jogando com os pés tentou fazer o mesmo no Atlético com o goleiro Marcio, e o resultado foi um gol contra bizarro de Rafael Santos e apenas um ponto em seis jogos.

O técnico tenta fazer um esquema de jogo moderno, acho certo, mas sem jogadores com este espírito e sem conhecimento próprio. Todos os jogadores sem exceções têm que marcar e a distância entre as linhas não pode ser muito grande, aos 6 minutos do segundo tempo em um contra ataque, Manoel não sabia se abandonava a linha ou se ia para o combate. No primeiro gol sem um homem na sobra após o lançamento do “maestro Diguinho”, Cleberson estava muito longe, volta apressado e da um carrinho na grande área, tentam implantar um esquema europeu e se esquecem de dizer para o zagueiro jamais dar um carrinho na área, que na casa do adversário é pênalti na certa.

Com relação às mudanças não se pode admitir a troca de Ederson e deixar Marcelo em campo naquele momento. Ciro depois de 5 meses de treinamento mostrou ao que veio e quando a coisa não anda, coloca Paulo Baier e vamos torcer para uma falta na entrada da área, uma bola parada e que ele organize a bagunça lá dentro de campo. Ricardo Drubscky, neste tempo você deveria ter se dedicado a fazer um curso de neurolinguística para melhorar as suas entrevistas, ou escrever outro livro, mas que não seja de futebol. Uma boa sugestão seria de piadas ou de autoajuda: “Como enganar o seu chefe”. Enquanto todos os jogadores que estiverem em campo não entenderem que tem que marcar, que as distâncias têm que ser curtas e ter muito treinamento, lances em que os dois zagueiros vão estar em linha com jogadas de profundidade vão ocorrer aos montes parecendo uma pelada.

Quem deseja ser grande, num jogo com estas circunstâncias, tem que bater no peito e mostrar as cartas, fizemos pressão mas de maneira desordenada contra um adversário fraco. A ideia da pré-temporada longa pode ter sido acertada, mas foi executada com equívocos e com as pessoas erradas. Mais uma vez o Atlético vai precisar de sua torcida, o principal jogador em campo.



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